Na última semana de novembro, o Consulado Libanês em São Paulo abriu suas portas para a realização de uma exposição de vinhos libaneses, com o apoio da União Vinícola do Líbano (UVL), o patrocínio do LIBANK e a assessoria de Cristina Neves Comunicação.
Estiveram presentes no evento muitos convidados membros da comunidade libanesa no Brasil, profissionais do ramo do vinho e inúmeros representantes da imprensa que tiveram a grata oportunidade de degustar e conhecer dez importantes produtores de vinhos do Líbano.
O Líbano é um país com uma história de viticultura de mais de seis milênios que o torna um dos mais antigos países a produzir vinho. No entanto, muitas guerras e inúmeras complicações sociopolíticas prejudicaram o pleno desenvolvimento da produção vinícola ao longo dos séculos. Somente nas últimas décadas, tendo superado recentemente uma guerra civil de 15 anos, a viticultura libanesa vem renascendo e se projetando no palco mundial. A crescente reputação dos vinhos libaneses, tanto em seu próprio país quanto nos mais exigentes mercados mundiais como França, Inglaterra e EUA, comprova o seu notório progresso.
Localizado na costa leste do Mediterrâneo, o Líbano possui duas importantes cadeias de montanhas ao norte (Montanhas do Líbano e Montanhas do Antilíbano) entre as quais estende-se o longo Vale do Beqaa, a principal região vinícola do país, de onde sai a maior porcentagem da produção vinícola libanesa.
Apesar de possuir algumas cepas autóctones como as brancas Obaideh e Merwah, com as quais é elaborada uma bebida destilada, típica do país, com aromas de aniz, o Arak, as cepas francesas dominam a viticultura libanesa, devido ao vínculo histórico com a França. Tanto a vinificação quanto as técnicas de plantio possuem influências francesas, daí a semelhança de seus vinhos com esse estilo.
Os vinhos que pudemos degustar na grande prova dessa noite, na residência do cônsul do Líbano, mostraram muita personalidade e nos surpreenderam pela elegância, equilíbrio e concentração.
Veja abaixo a lista dos produtores que participaram do evento:
- ADYAR (pioneiro em vinhos orgânicos, mantém a herança dos monges Maronitas; sem importador no Brasil)
- ATIBAIA (seu único vinho tinto é produzido em quantidade limitada, em Smar Jbeil, região de Batroun; distribuído no Brasil pela Zahil Importadora LTDA)
- CHÂTEAU KEFRAYA ( com várias medalhas em concursos internacionais de vinho, o seu Comte de M 2009 foi laureado com 92 pontos por Robert Parker; importadora Zahil)
- CHÂTEAU KSARA (a mais antiga vinícola e o maior produtor do país, exportando para mais de 40 países, mostra não só quantidade,mas acima de tudo qualidade; distribuído no Brasil pela Interfood Importação LTDA)
- CHÂTEAU NAKAD ( vinhos premiados com medalhas de bronze e prata pela “Decanter World Wine Awards”-UK e medalhas de ouro e prata pela “Seleção Mundial de Vinhos”-Canadá; sem importador no Brasil)
- CHÂTEAU OUMSIYAT (com vinícola localizada na área de Mtein e utilizando uvas plantadas no Vale do Beqaa, produz 400.000 garrafas por ano; sem importador no Brasil)
- CHÂTEAU QANAFAR (vinícola familiar estabelecida desde 2005, seus vinhos de safra 2011, foram bem pontuados em avaliações na França, Nova Yorque e Hong Kong; sem importador no Brasil)
- CHÂTEAU ST-THOMAS (vinícola familiar fundada em 1990, seus vinhos têm conquistado inúmeras premiações em competições internacionais desde 2002; sem importador no Brasil)
- PNIX- Clos du Phoenix ( vinícola familiar, localizada ao norte do país, na cidade de Eddé (Batroun), procuram seguir ao máximo as tendências globais de vinificação orgânica; sem importador no Brasil)
- IXSIR ( com vinhedos plantados de Batroun a Jezzine, a quase 1800 m de altitude, seus vinhos refletem elegância e complexidade; importados pela Grand Cru Importadora Ltda.)
Dentre as inúmeras provas degustadas, destacaram-se os seguintes vinhos:
-IXSIR Grande Reserve 2009, um corte de Syrah e Cabernet Sauvignon.
-Reserve du Couvent 2011, um corte de Syrah, Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon, produzido pelo Château Ksara.
-Comte de M 2009, Le Grand Cru du Château Kefraya, um corte de Cabernet Sauvignon, Syrah e Mourvèdre.
-Monastère de Kfifane 2009, vinho orgânico com premiação internacional de ouro; belo vinho de guarda.
-Atibaia 2010, um corte de Cabernet Sauvignon, Syrah e Petit Verdot.
-Château Oumsiyat Le Passione 2009, elaborado com 50% de Cabernet Sauvignon e 50% de Syrah.
A estratégica entrada no Brasil parece ser um caminho correto para os vinhos libaneses que vêm conquistando de forma crescente e contínua o mercado internacional. O comprometimento da indústria vinícola do Líbano para alcançar altos níveis de qualidade, aliado ao secular “know-how” dos viticultores libaneses e sua paixão pela arte do vinho garantem a qualidade excepcional de seu produto. Portanto, você que é apaixonado por vinho, fique de olho! Vale a pena conferir!
Maria Uzêda.
Bela reportagem .Muitas novidades ainda por vir ..
Geraldo Garcia(31) 9931-6723 cel(31) 3024-1038 resid
Date: Tue, 23 Dec 2014 22:23:36 +0000 To: ggarcia67023@hotmail.com
Excelente matéria. Ótima para quem não conhecia está opção de consumo. Vou para o comércio procurar algum dos comentados e se for de preço que caiba no meu minguado bolso vou degusta lo. Assim terei melhor comentário. Na foto a Maria e a Cristina estão melhores que o vinho, como sempre. Raffs e Selma
Olá pessoal
Experimentei hoje no curso que faço de sommelier
Vinhos libaneses
Se VC não experimentou
Não sabe que está perdendo
Que surpresa.