Para os enófilos de carteirinha, um passeio pela Toscana pode ser uma experiência ímpar, prazerosa e inesquecível, pois essa é uma região com enorme concentração de competentes, audaciosos e ambiciosos produtores vinícolas.
Na Toscana tudo nos encanta: a paisagem pontilhada pelos ciprestes, as verdes colinas que formam grandes ondulações, as vilas com suas casas de telhados de terracota, as cidades medievais muradas, os castelos vinícolas como o “Vicchiomaggio” e o “ Verrazzano” cheios de história, mas um fato que também nos impressiona é a quantidade incrível de enotecas e cantinas que podemos encontrar nas cidades da região. Muitos desses estabelecimentos estão guarnecidos com a Enomatic que é uma máquina italiana que permite ao cliente fazer degustações de alto nível. A Enomatic possui um sistema de vedação altamente eficiente que garante a integridade do produto, mesmo depois de aberto por vários dias. Na cidade de Greve in Chianti, por exemplo, mais de 140 rótulos podem ser degustados na “Cantine di Greve in Chianti”, graças a essas máquinas e à profissional e simpática orientação do Felippo, funcionário há anos na loja.
Além dos vinhos, você pode também experimentar azeites, queijos e salames, tudo produzido na área. Para isso basta comprar um “wine card” cujo preço varia de 10 a 25 euros que você vai gastando com a degustação dos vinhos ou na aquisição ou consumo de qualquer outro produto da loja.
Quando estive na “Cantine”, Felippo me apresentou um Chianti Clássico Riserva 2007, “Lamole di Lamole” DOCG, do “Vigneto di Campolungo”. Pode-se dizer que esse vinho exemplifica bem toda a exuberância da uva Sangiovese criada no privilegiado “terroir” da Toscana e manuseada com atenção e respeito. De coloração rubi intenso e brilhante, exala os aromas de frutos negros do bosque, com notas de especiarias e taninos aveludados, originando um vinho fresco, elegante e muito agradável.
Outro vinho interessante degustado foi o Supertoscano “Brancaia il Blue” 2007, da Casa Brancaia. Vinho complexo e intenso, elaborado com as uvas Sangiovese, Merlot e um pouco de Cabernet Sauvignon, passou 20 meses em barrica. É conveniente lembrar aqui a respeito do termo “Supertoscano”: usado para designar vinhos de alta qualidade da Toscana, esse nome refere-se àqueles vinhos que, nas décadas de 70/80, ousaram desafiar as regras italianas de denominação de origem controlada, utilizando uvas e métodos não autorizados. Listados entre os melhores vinhos da Itália, hoje alcançam preços bem altos e são supervalorizados.
A surpresa final ficou por conta do “Castell’in Villa”, um Chianti Clássico Riserva DOC “encontrado” em meio às raridades mais antigas da loja. Com safra de 1982, comprei essa estrela para uma homenagem especial que farei a minha filha sommelière que nasceu no ano de 1982.
Conhecida como a maior enoteca do Chianti Clássico, a Cantine di Greve in Chianti fica aberta todos os dias, das 10 às 19 horas, inclusive feriados. Para saber mais, acesse o site www.lecantine.it ou o e-mail: info@lecantine.it .
Maria Uzêda
Adorei o post. Essa semana fiz posts sobre minha viagem à Italia e acabei chegando aqui no seu blog (depois dá uma passada para conhecer).
E, realmente os queijos e vinhos da Italia são divinos!
Parabens pelo blog!
Adorei o presente e o post também! Beijo.
Reblogged this on Sommelière.
Oi Cristina tudo bem? Estou indo pra toscasa em junho e vou fazer, sem duvida, uma orgia enogastronomica..rs Gostaria de saber mais sobre enotecas, cantinas, restaurantes da regiao que valham a pena. Vc vai escrever mais post sobre a regiao? Se nao, poderia me dar algumas dicas?
Parabens pelo blog!!
Abracao