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O segundo dia de Sonoma amanheceu nublado. Saí para uma corrida pelas ruas de Santa Rosa, apreciando o cenário das casas bem ao estilo filme americano, com seus gramados bem cuidados, jardins floridos, paredes bem pintadas, varandas espaçosas e muitas vezes, com brinquedos que foram deixados ali no dia anterior, e que ninguém se preocupou em guardar. As ruas vazias em um domingo pela manhã transparecem uma vida tranqüila, até mesmo bucólica levada pela população dali. Dá até vontade de ficar umas horinhas a mais na cama. Mas a agenda do dia já estava cheia, então tomei a estrada e segui para o Russian River Valley, onde comecei o dia de visitações.

Iron Horse Vineyard vinhos espumantes americanos

A primeira vinícola visitada foi a Iron Horse. Famosa pela produção de seus vinhos espumantes e especialmente, por serem o fornecedor de espumantes da Casa Branca. A área de degustação é externa, com uma vista bem bonita dos vinhedos. A vinícola já estava em época de colheita e foi possível ver as uvas chegando, passando pela desengaçadeira e mesa de seleção de frutas. Mas o melhor de tudo foi sentir o aroma do suco da uva começando a fermentar. Adoro!

Então dei início à degustação dos espumantes da casa, dos mais básicos aos mais elaborados. Alguns destaques abaixo:

Iron Horse Fairy Tale Cuvée 2006, Russian River, Sonoma

Aromas e sabores defumados com toques florais. Longa persistência em boca.

Esse espumante foi produzido exclusivamente para a Disney e a partir de uvas Pinot Noir. Preço na vinícola: $50,00

Iron Horse Brut LD 2002, Russian River, Sonoma

Aromas de damasco e figo e um fundo de leveduras e pão. Vinho de degorgement tardio, é feito a partir das uvas Pinot Noir e Chardonnay. Muito bom. Preço na vinícola: $85,00

Iron Horse  Joy! 1996, Russian River, Sonoma

Aromas de leveduras e funghi seco. Longa persistência e ótima complexidade. Excelente. Preço na vinícola: $160,00

 www.ironhorsevineyards.com

Apesar de impressionarem bastante, foi difícil não comparar com o que temos aqui, já que o espumante, em minha opinião, é o ponto forte do Brasil. Levaria sim uma ou duas garrafas de espumantes de lá, mas o preço deles é muito superior às boas alternativas que temos no nosso mercado. É inevitável comparar, inclusive num país onde se vende Champagne mais barato que na França. Foi interessante conhecer e saber que eles fazem bem. Agora é torcer para os preços abaixarem, para que o produto seja mais competitivo e apareça em outros mercados.

pequeno Bacco Kendall Jacksons Saindo de lá, segui para a Kendall Jackson’s, uma das grandes vinícolas de Sonoma. Sua sede assemelha-se a um chateau francês, antigo, mas bem conservado, com jardim florido e uma estátua do pequeno Bacco. Preparada para uma degustação cortesia para profissionais da área, acabei me surpreendendo com uma proposta de harmonização de pratos com os vinhos da casa. Achei a vinícola muito preparada para receber visitantes, além de ser uma das poucas que não exige agendamento prévio. A harmonização incluía um material explicativo sobre todos os vinhos a serem degustados com espaço para o visitante fazer as suas notas.  Alguns destaques da casa foram:

Kendall Jackson’s Highland Estates Camelot Chardonnay 2007, Sonoma

Notas tostadas, açúcar queimado, mel e caramel. Em boca, toques de mel, boa persistência e médio corpo. Muito bom. Preço na vinícola: $27,00

Kendall Jackson’s Late Harvest Chardonnay 2006, Sonoma

Aromas de limão e mel. Em boca, uma suave doçura, toques de mel e boa acidez. Muito bom. Preço na vinícola: $22,50.

www.kj.com

Kenwood Vineyards vinhos americanos O tempo se abria, compondo uma linda tarde de sol e céu azul. Parti para a Kenwood, uma das grandes também. Suas videiras estavam carregadas de fruta madura, eles ainda não tinham iniciado a colheita. A sede parece um grande galpão de madeira e lá dentro, uma lojinha e balcão de degustação. Em geral, achei os vinhos ligeiros, mais para o dia-a-dia e com preços bons. Senti falta de uma equipe mais preparada para falar sobre os vinhos servidos. Ali, o que mais me chamou a atenção foi o Zinfandel, que até então não havia provado nenhum que se destacasse.

Kenwood Reserve Chardonnay 2009, Sonoma

Aromas de pêssego maduro, mel e um fundo de caramelo. Em boca, cítrico com notas tostadas. Muito bom. Preço na vinícola: $20,00

Kenwood Jack London Zinfandel 2008, Sonoma

Aromas herbáceos, de mate e frutas negras. Em boca, notas de groselha. Muito bom. Preço na vinícola: $20,00

www.kenwoodvineyards.com

Gundlach Bundschu vinicola americana O fim de tarde se aproximava e ainda tinha mais uma visita agendada, na vinícola Gundlach Bundschu, que foi uma experiência muito boa. A vinícola foi fundada em 1858 e é uma das mais antigas vinícolas familiares da Califórnia. Depois de muitos anos produzindo e vendendo uvas, perceberam que a qualidade de suas uvas era muito boa e a partir de 1969 começaram a produzir seus próprios vinhos. Hoje a vinícola produz quase 30.000 cases por ano. E com uma qualidade impressionante. Fui muito bem atendida pela Linda, atenciosa e prestativa, que dirigiu a degustação e tirou dúvidas sobre os vinhos apresentados. Alguns destaques:

Gundlach Bundschu Chardonnay 2008, Sonoma

Aromas de baunilha com notas de mel e limão. Em boca, toques de caramelo, boa acidez e corpo. Excelente. Preço na vinícola: $27,00.

Gundlach Bundschu Zinfandel 2008, Sonoma

Aromas de cerejas maduras e ameixa com notas de pimenta. Em boca, taninos aveludados e médio corpo. Muito bom. Preço na vinícola: $30,00.

www.gunbun.com

Uma volta pela cidade de Sonoma encerrou o dia. Há uma praça principal no centrinho, cercada por lojinhas, restaurantes e um empório onde se pode degustar e comprar queijos e vinhos da região, muito interessante. Além disso, neste empório pude experimentar um sorvete de abóbora surpreendente. Lembrando que outubro é o mês da bruxas e o mês das abóboras. Por fim, almocei em um restaurante italiano com um cardápio bastante variado e com propostas de dar água na boca. Comi um coelho delicioso e ainda fui surpreendida com uma taça de Pinot Noir cortesia da vinícola do dono do restaurante. A harmonização casou muito bem. E o dia foi realmente uma boa experiência.

Della Santina’s Restaurante – www.dellasantinas.com

Acompanhe nos próximos posts as descobertas no Vale de Napa.

Sonoma Coast Mapa de áreas vinícolas A 62 km ao norte da famosa Golden Gate, em São Francisco, está o charmoso condado de Sonoma. Foi ali que se plantaram as primeiras vinhas européias da Califórnia, no século XIX. A região é muito maior do que a vizinha Napa e abrange uma variedade mais ampla de áreas de cultivo.

Beirando a costa do Pacífico e ao mesmo tempo protegida por uma cadeia montanhosa, Sonoma sofre influência dos ventos frios que sopram do Pacífico pela Baía de San Pablo ao sul da região e das aberturas nas cadeias montanhosas, que favorecem a formação de uma característica neblina. Assim, na região sul que sofre maior influência dessas neblinas produz-se variedades de clima frio, que dão vinhos mais leves e delicados. Enquanto que nas regiões mais ao norte, o vinho é típico de clima quente, mais robusto.

As principais regiões produtoras são Russian River, Dry Creek e Alexander Valley. Russian River, mais ao sul, é a região mais fria em conseqüência de uma falha na cordilheira e da influência do rio Russian, que corre pela região até alcançar o Pacífico. A região produz excelentes Chardonnay e Pinot Noir. O vale de Alexander, mais ao norte, é mais quente e tem originado, além de bons Cabernet Sauvignon, outras variedades como a Syrah, Grenache e Sangiovese. Fazendo divisa com o vale de Alexander, a oeste, fica o Dry Creek valley, quente e seco, próprio para Cabernet Sauvignon e Zinfandel.

Minha chegada à região na manhã de 02 de outubro foi marcada pela característica neblina de verão. Aqui começava minha jornada pelos vinhedos da Califórnia. Uma parada no Visitor Center de Santa Rosa me ajudou com mapas dos roteiros vinícolas, informações sobre horários de visitação, degustações, indicações de lugares para comer, etc. Com o dia já pré-agendado, o que é muito importante se você quer visitar as vinícolas mais badaladas, comecei com uma visita a Simi Winery, onde fui recebida pela Nadine, que nos guiou pelas caves, vinhedos e sala de degustação.

SIMI WINERY

A SIMI é uma das vinícolas mais antigas da região. Fundada em 1848 por Giuseppe Simi, um italiano vindo da Toscana, que desenvolveu o negócio familiar até que fosse comprado pelo Grupo Constellation Brands, detentor de grandes marcas de bebidas pelo mundo. A vinícola produz 150.000 cases de vinho por ano e seu maior consumo se dá nos próprios Estados Unidos.

Segui para a degustação onde puder provar uma série de vinhos da casa. Sauvignon Blanc, Chardonnay, Zinfandel, Cabernet Sauvignon e até um Riesling Late Harvest. Aqui já pude perceber um destaque da região: a Chardonnay. Foi interessante provar e fazer o comparativo de uma Chardonnay do vale de Alexander e na seqüência, um Chardonnay de Russian River. É notável a diferença de corpo, acidez e frescor de uma região mais fria para outra mais quente.

Destaques:

SIMI Chardonnay 2007, Alexander Valley, Sonoma

13 meses de barrica francesa. 14,5%

Aromas de mel, manteiga, caramelo tostado e um fundo de peras. Em boca, muito caramelo. Média persistência. Bem interessante. Preço na vinícola: $30,00.

SIMI Chardonnay 2007, Russian River, Sonoma

13 meses de barrica francesa. 14,5%

Aromas de mel, manteiga e certo floral. Em boca, untuoso e cítrico. Boa personalidade. Muito bom. 90 pts. WE. Preço na vinícola: $30,00.

SIMI Zinfandel 2008, Dry Creek Valley, Sonoma

8 meses em carvalho francês e americano.

Aromas frutados, cerejas e um toque de pimenta. Muita fruta em boca. Corpo médio e média persistência. Muito bom.

J VINEYARDS

Segui então para a próxima experiência, uma harmonização no famoso Bubble Room da J Vineyards. A J é uma vinícola mais jovem, fundada em 1986 por Judy Jordan. No princípio, era especializada em vinhos espumantes, mas logo percebeu que seu terroir era muito bom para a produção de varietais de clima frio, como a Chardonnay e Pinot Noir, que hoje são também destaques da vinícola.

Fui recebida pela Courtney, sommelière da casa e responsável pela organização de uma incrível experiência enogastronômica. Sentei em um sofá aconchegante, na companhia de um casal americano muito simpático e logo demos início à seqüência de harmonizações.

Destaques:

J Vineyards Chardonnay 2007, Russian River Valley

Estágio de 10 meses em barrica.

Aromas de manteiga, baunilha e amêndoas torradas, com um toque de limão. Boa complexidade em boca – cítrico e untuoso. Acidez equilibrada. Excelente. Preço na vinícola: $28,00.

Harmonizado com peixe da região.

harmonização J vineyardsRobert Thomas Vineyards, Pinot Noir 2006, Russian River Valley

Aromas de cerejas com toque de canela. Boa persistência. Bom. Preço na vinícola: $50,00.

Harmonizado com hambúrguer de cordeiro com molho de queijo.

Nicole’s Vineyard Pinot Noir 2006, Russian River Valley

Aromas intensos de ameixas e frutas negras maduras e um toque de canela. Em boca, frutado e taninos aveludados. Excelente. Preço na vinícola: $50,00.

Harmonizado com tiras de filé de carne.

Back Door Vineyard, Pinottage 2007, Russian River

Aromas de cassis e groselha. Em boca, muita groselha. Corpo leve e média persistência. Muito bom. Preço na vinícola: $38,00.

J Vintage Brut Late Degorgement 1999, Russian River

Aromas de funghi secchi, damasco e notas cítricas. Em boca, bom corpo e toques de caramelo. Excelente. Preço na vinícola: $65,00.

A visita a J foi realmente uma experiência e tanto. Não apenas pela cordialidade da equipe, pela beleza da vinícola e de sua sede, ou pela qualidade dos vinhos, onde se percebe o carinho e dedicação com que são feitos, mas por todo ambiente criado para uma harmonização e por todo pensamento dado às combinações de pratos com seus vinhos para uma inesquecível experiência sensorial.

JORDAN VINEYARDS

cave Jordan com sistema anti-terremotoA próxima visita foi na vinícola Jordan, da mesma família da J. Fundada em 1972, a vinícola construiu seu nome com seus Chardonnay e Cabernet Sauvignon, de qualidade reconhecida internacionalmente. A Jordan produz hoje uma média de 90.000 cases por ano.

Nossa hostess nos levou a uma visita às caves, construídas a base de um sistema de proteção contra terremotos e depois, a uma degustação harmonizada com queijos da região.

Destaques:

Jordan Chardonnay 2008, Russian River, Sonoma

4 meses em barrica.

Aromas de maracujá com notas mineirais. Leveza e refrescância. Muito agradável. Preço na vinícola: $29,00.

Jordan Cabernet Sauvignon 2003, Sonoma

12 meses em carvalho francês e americano. 13,5%.

Aromas de amoras e frutas negras maduras. Em boca, ótimo corpo com toques de especiarias e pimenta. Muito bom. Preço na vinícola: $59,00.

Jordan Cabernet Sauvignon 2006, Sonoma

12 meses em carvalho francês e americano. 13,5%.

Aromas de cerejas e franboesas. Em boca, bastante frutados, taninos um pouco agressivos. Pode esperar. Muito bom. Preço na vinícola: $52,00

loja de vinhos J Vineyards A impressão que ficou do primeiro dia de visitação às vinícolas em Sonoma foi que os americanos estão muito bem preparados para receber turistas. O que achei que foi realmente um diferencial e que, em outras viagens a regiões vinícolas em que estive praticamente não vi foi a importância que eles dão à combinação de seus vinhos com a comida.

Analisando o mercado americano como um todo, o que eu entendo é que eles têm uma visão interessante de marketing e buscam vender são somente um produto ou um produto bom, mas criar uma experiência. É a indústria americana do turismo e do entretenimento que consegue atrair um grande público de todos os cantos do país. Crítica ou elogio? Entenda como quiser. O que importa é que eles estão vendendo bem.

Os Vinhos Americanos

Hall Wines Napa Valley

Hall Wines Napa Valley

 Aos meus leitores, minhas desculpas pela ausência nas últimas semanas. Saí de férias em viagem a Califórnia, nos Estados Unidos, e retornei com inúmeras histórias e experiências para compartilhar. Com tanta informação e conhecimento fervilhando em minha mente, pingarei a cada semana um pouco do que vi, conheci e experimentei na deslumbrante Califórnia.

Pouco ouvimos falar dos vinhos americanos aqui no Brasil. Os mais curiosos, que freqüentam eventos da área sim já devem ter experimentado. Mas a maior fama desses vinhos vem da repercussão da famosa degustação de Paris em 1976, evento que premiou às cegas vinhos americanos sobre os famosos Grand Cru franceses. Ou, quem sabe, pelo filme Sideways, que promoveu, em 2004, a Pinot Noir californiana mundo afora.

Além disso, é de lá que vem nomes importantes como Robert Mondavi, empresário que fundou uma das maiores produtoras do país, que fez história e gerou polêmica no velho mundo; e Robert Parker, crítico de vinho que virou referência mundial – sendo também um marco na história do vinho.

Joseph Phelps Vineyards napa Valley

Joseph Phelps Vineyards

 Os Estados Unidos são hoje o quarto maior produtor de vinhos do mundo, ficando atrás apenas da Espanha, Itália e França. Mas se eles produzem tanto vinho assim, para onde vão que a gente não acha? Apesar do volume total considerável de vinho produzido, há um consumo interno bastante representativo, que gira em torno de 10L per capita. É curioso observar que, da mesma forma como acontece nos países que possuem grande tradição, quando buscamos pela seção de vinhos num mercado ou mesmo num Liquor Store nos Estados Unidos, o que se vê, basicamente, é o vinho americano. E alguma coisa de França e Itália lá nos fundos da loja. Assim, fica fácil entender porque esses vinhos dificilmente chegam até nós.

A história do vinho americano é longa e cheia de sobressaltos. Teve início com a colonização no século XVI.  Quando os ingleses chegaram aos Estados Unidos ficaram bem impressionados com a quantidade de uvas que já se plantava naquelas terras (eram mais de 12 espécies). Imaginou-se que o vinho seria uma das boas coisas do novo mundo, mas as uvas ali cultivadas, quando vinificadas, tinham sabor esquisito. E as diversas tentativas de se plantar videiras européias em solo americano foram por um longo tempo em vão, até que se descobrisse porque elas não vingavam naquelas terras – a presença de uma praga que viria, tempos depois, avassalar as videiras de todo o velho mundo: a phyloxera.

Decanter antiquado Hall Wines napa Valley Mas as dificuldades não pararam por aí. Veio a peste negra, a guerra civil e por fim, a Lei Seca, que proibiu a venda e o consumo de qualquer bebida alcoólica de 1918 a 1933. E assim, os Estados Unidos descobriram o vinho caseiro, e sua produção ilegal espalhou-se por diversas regiões no país.

Apesar de todas as barreiras, a produção vinícola floresceu e tem dado bons frutos, com destaque para Califórnia, Oregon e Washington na costa oeste e Nova Iorque, Pensilvânia e Virginia na costa leste.

 Hoje o país é bastante preparado para o enoturismo, especialmente nas regiões de Napa e Sonoma – as estrelas da Califórnia. Visitas guiadas, degustações de diversos rótulos (de lançamentos aos library wines), harmonizações, áreas de picnic com paisagens deslumbrantes para os vinhedos e um serviço exemplar. Para quem ainda não conheceu e deseja fazer a experiência, acompanhe as novidades nos próximos posts com os pareceres e as dicas de cada uma das regiões. E viaje comigo nas descobertas do mundo vinícola. Tim-tim!

Referências: The World Atlas of Wine; Robinson, Jancis and Johnson, Hugh.

Wine Spectator Os 200 melhores rótulos custo benefício do mundoNa matéria de capa da edição de outubro da Wine Spectator, podemos conferir os 200 rótulos de 15 países pelo mundo considerados como os melhores custo-benefício.

O que podemos perceber é que cada vez mais se produz excelentes vinhos a preços justos, o que torna o vinho uma bebida mais acessível e é um incentivo para o aumento de seu consumo.

Confira abaixo alguns destes rótulos e aproveite para abastecer a sua adega:

 

TINTOS

ARGENTINA

89 Kaiken Malbec Mendoza 2009 $14

89 Bodega Norton Malbec Mendoza Barrel Select 2007 $14

89 TriVento Amado Sur Mendoza 2008 $15

88 Bodegas y Viñedos O. Fournier Malbec Uco Valley Urban 2009 $11

87 Altos Las Hormigas Malbec Mendoza 2009 $13

87 Bodega Elvira Calle Malbec Mendoza Alberti 154 2009$13

86 Valentín Bianchi Malbec Mendoza Sensual 2009 $10

86 Fincas Patagonicas Malbec Mendoza Zolo 2009 $11

85 Bodega Silvestre Hinojosa & Hijos 2 Copas Mendoza 2009 $8

AUSTRALIA

89 Paringa Shiraz South Australia 2008 $10

89 Razor’s Edge Cabernet Sauvignon McLaren Vale 2008 $12

89 Four Sisters Shiraz Central Victoria 2008 $13

89 Inkberry Shiraz-Cabernet Central Ranges Mountain Estate 2008 $14

88 Wolf Blass Cabernet Sauvignon South Australia Yellow Label 2008 $13

88 St. Hallett Gamekeeper’s Red Barossa 2008 $13

88 2 Up Shiraz South Australia 2008 $14

87 St. Kilda Shiraz South Eastern Australia 2008 $9

87 R Wines Shiraz South Australia Strong Arms 2008 $10

87 Red Heads Studio Yard Dog Red South Eastern Australia 2008 $10

87 Rosemount Shiraz South Eastern Australia Diamond Label 2008 $10

87 Yalumba Cabernet Sauvignon South Australia The Y Series 2008 $10

87 First Drop The Red One South Australia 2009 $12

85 Lindemans Cabernet Sauvignon South Eastern Australia Bin 45 2008 $7

CALIFORNIA

88 Pedroncelli Zinfandel Dry Creek Valley Mother Clone 2008$15

87 Bogle Pinot Noir Russian River Valley 2007 $13

87 Kenwood Zinfandel Sonoma County 2007 $14

86 Red Rock Malbec California Reserve 2008 $11

86 Montevina Zinfandel Amador County 2006 $12

85 Line 39 Cabernet Sauvignon Lake County 20007 $11

CHILE

90 Viña Maipo Cabernet Sauvignon-Syrah Maule Valley Gran Devoción 2007 $15

90 De Martino Syrah Choapa Valley Legado Reserva 2007 $15

86 Viu Manent Malbec Colchagua Valley 2008 $9

86 Viñedos Emiliana Carmenère Central Valley Natura 2009 $11

FRANCE

90 Cave de Rasteau Côtes du Rhône-Villages Rasteau La Domelière 2009 $15

88 Domaine de la Présidente Côtes du Rhône Grands Classiques 2009 $10

88 Cave de Rasteau Côtes du Rhône Ortas Les Viguiers 2009 $13

87 Tresch Coteaux du Languedoc Château de Fourques 2007 $9

87 Vignerons de Caractère Vin de Pays Portes de Méditerranée Petit Caprice 2009 $10

87 Maison Badet Clément Corbières Château Lamy 2008 $11

87 Cave des Vignerons de Saumur Saumur Réserve des Vignerons 2009 $12

86 Raoul Clerget Côtes du Rhône Pont du Rhône Terroirs 2007 $9

86 Delas Côtes du Ventoux 2008 $10

86 La Vieille Ferme Ventoux 2009 $10

86 Vignerons de Caractère Vin de Pays de Méditerranée Culture Sud 2009 $10

85 Domaine de Couron Côtes du Rhône 2009 $10

ITALY

88 Villa Pillo Toscana Borgoforte 2008 $12

88 Piccini Chianti Classico 2008 $15

87 Castello Banfi Toscana Centine Red 2009 $11

86 Piccini Chianti 2009 $9

85 Melini Chianti Borghi d’Elsa 2008 $9

PORTUGAL

87 Casa Agrícola Alexandre Relvas Alentejo Ciconia 2009 $9

87 Caves Aliança Dão Particular 2007 $11

86 Real Companhia Velha Douro Porca de Murça 2008 $11

WASHINGTON

89 The Magnificent Wine Company House Wine Red Columbia Valley 2007 $13

89 Waterbrook Merlot-Cabernet Columbia Valley 2007 $13

88 Castle Rock Syrah Columbia Valley 2007 $12

87 Snoqualmie Syrah Columbia Valley 2007 $10

87 Columbia Crest Merlot Columbia Valley Grand Estates 2007 $11

87 Castle Rock Cabernet Sauvignon Columbia Valley 2007 $12

86 Hogue Columbia Valley 2007 $10

OTHER

88 Simonsig Pinotage Stellenbosch 2007 $15

87 Kavaklidere Öküzgözü d’Elazig Turkey Yakut 2008 $10

87 Constantin Gofas Agiorgitiko Nemea Mythic River 2008 $12

86 Achaia Clauss Nemea 2006 $11

BRANCOS 

AUSTRALIA

89 St. Kilda Chardonnay South Eastern Australia 2009 $9

89 Angove’s Viognier South Australia Nine Vines 2009 $12

87 Oxford Landing Chardonnay South Australia 2009 $8

87 Yellow Tail Pinot Grigio South Eastern Australia 2009 $8

87 d’Arenberg The Stump Jump White McLaren Vale-Adelaide Hills 2009 $10

87 First Drop The White One South Australia 2009 $10

87 Frisk Prickly Victoria 2009 $10

87 Yalumba Viognier South Australia The Y Series 2009 $10

86 Yellow Tail Riesling South Eastern Australia 2009 $8

85 Banrock Station Chardonnay South Eastern Australia 2009 $7

85 Jacob’s Creek Chardonnay South Eastern Australia 2009 $8

85 Yellow Tail Sauvignon Blanc Australia-New Zealand NV $8

CALIFORNIA

88 Sterling Chardonnay Napa Valley 2008 $15

87 Lucky Star Chardonnay California 2008 $9

87 Big House White California 2008 $10

87 Pomelo Sauvignon Blanc California 2009 $10

87 Dancing Bull Chardonnay California Vintage Blend 2008 $12

86 Fetzer Pinot Grigio California Valley Oaks 20089$

86 Parducci Sustainable White Mendocino County 2008 $11

85 Beaulieu Vineyard Sauvignon Blanc California Coastal Estates 2009 $8

CHILE

90 De Martino Chardonnay Limarí Valley Legado Reserva 2008 $15

88 Viña Cono Sur Chardonnay Casablanca Valley 2008 $10

88 Veramonte Chardonnay Casablanca Valley Reserva 2008 $11

88 Viña Maipo Sauvignon Blanc Casablanca Valley Gran Devoción 2009 $14

85 Viña Santa Rita Chardonnay Central Valley 120 2009 $8

FRANCE

89 Cave des Vignerons de Saumur Saumur White Réserve des Vignerons 2009 $12

89 E. Guigal Côtes du Rhône White 2008 $14

88 Jeanjean Vin de Pays d’Oc Naked Earth White 2008 $10

88 HobNob Chardonnay Vin de Pays d’Oc 2007 $11

87 Paul Jaboulet Aîné Côtes du Rhône White Parallèle 45 2009 $13

86 J. & F. Lurton Chardonnay-Gros Manseng Vin de Pays des Côtes de Gascogne 2009 $9

86 Mas de Daumas Gassac Vin de Pays de l’Hérault White Guilhem Moulin de Gassac 2008 $10

86 La Vieille Ferme Côtes du Lubéron White 2009 $10

85 J. & F. Lurton Gros Manseng-Sauvignon Vin de Pays des Côtes de Gascogne 2009 $9

ITALY

90 Vesevo Falanghina Beneventano 2008 $12

88 Cantina Girlan Pinot Grigio Delle Venezie Filadonna 2008 $13

87 Argiolas Vermentino di Sardegna Costamolino 2008 $14

87 Tommasi Lugana Il Sestante Vigneto San Martino 2008 $14

85 Castello Banfi Toscana Centine White 2009 $11

NEW ZEALAND

90 Kono Sauvignon Blanc Marlborough 2009 $10

89 Brancott Sauvignon Blanc Marlborough 2009 $13

88 Chimney Creek Sauvignon Blanc Marlborough 2009 $13

PORTUGAL

88 Terras de Alter Alentejo Fado White 2009 $10

87 Quinta das Arcas Vinho Verde Arca Nova 2009 $10

86 Aveleda Vinho Verde Casal Garcia NV $8

86 Casal Branco Tejo Quinta White 2009 $9

SOUTH AFRICA

88 Simonsig Chenin Blanc Stellenbosch 2009 $12

88 Neil Ellis Sauvignon Blanc Western Cape Sincerely 2009 $14

86 Valley Vineyards Chenin Blanc Swartland The Royal Old Vines 2009 $10

WASHINGTON

89 Chateau Ste. Michelle Riesling Columbia Valley 2009 $9

89 Pacific Rim Riesling Columbia Valley Sweet 2009 $11

88 The Magnificent Wine Company House Wine White Columbia Valley 2008 $13

87 Snoqualmie Sauvignon Blanc Columbia Valley 2008 $10

86 Chateau Ste. Michelle Riesling Columbia Valley Harvest Select 2009 $9

OTHER

89 Nik. Weis Selection Riesling QbA Mosel Urban 2008 $11

88 Cave Spring Riesling Niagara Peninsula 2008 $12

88 Nasiakos Moschofilero Mantinia 2009 $14

88 Standing Stone Riesling Finger Lakes 2009 $14

87 Cooper Mountain Pinot Gris Willamette Valley Cooper Hill 2009 $10

87 Acrobat Pinot Gris Oregon 2009 $12

87 Meinhard Forstreiter Grüner Veltliner Qualitätswein Trocken Niederösterreich Grooner 2009 $12

87 Alamos Torrontés Salta 2009 $13

87 Château des Charmes Riesling Niagara-On-The-Lake 2008 $13

86 Skouras Roditis-Moscofilero Péloponnèse 2009 $10

85 Wimmer Grüner Veltliner Qualitätswein Niederösterreich 2009 (1L) $13

Referências: http://www.winespectator.com e http://www.vinhosemaisvinhos.blogspot.com

“O ano em que as uvas viníferas são colhidas é conhecido como safra. Quase todos os vinhos apresentam o ano da safra, mas há exceções: vinhos que não dependem da safra, como a maioria dos Champagnes, dos vinhos do Porto e outros vinhos fortificados, são produzidos com uma mistura de uvas colhidas em dois ou mais anos para garantir sua consistência de ano para ano.

O gosto, a textura, a complexidade e a qualidade em geral de um vinho podem variar de ano a ano, dependendo do clima, da época de colheita das uvas, e assim por diante. Essas variações são marcantes em regiões vinhateiras onde o clima é irregular, como a Borgonha e Bordeaux, na França, a Alemanha, o Piemonte, no norte da Itália, e a Nova Zelândia. Contudo, em áreas quentes e ensolaradas como o sul da Itália, a Califórnia, grande parte da Austrália, África do Sul e Espanha, a consistência se conserva melhor de ano para ano e as datas das safras se tornam indicadores de qualidade menos importantes.

Não obstante, mesmo regiões com clima normalmente quente e estável são sujeitas ao mal tempo durante a época da colheita, e regiões quentes produzem, ocasionalmente, uma má safra.

Não há mais muita dúvida de que as regiões vinhateiras parecem estar ficando mais quentes, especialmente na Europa. Cientistas da Universidade de Bordeaux mapearam as datas anuais de floração das vinhas e descobriram que ela está ocorrendo, em média, uns 10 dias mais cedo do que há apenas dez anos. Isso significa que a vinha floresce mais cedo, amadurece mais cedo e promete uma safra precoce; e quanto mais cedo a vinha amadurecer, maiores são as chances de se realizar a colheita com tempo bom. Portanto, embora o aquecimento global não elimine as variações entre as safras, parece que realmente contribui para o aumento geral da qualidade da maioria das safras.

Outro fator que parece estar diminuindo a importância das safras é o uso de colheitadeiras mecânicas. Tais máquinas permitem que as uvas sejam recolhidas com mais rapidez (especialmente com mau tempo), embora muitos produtores de vinhos de alta qualidade não as vejam com bons olhos.

Embora pareça exagero, os vinhateiros gostam de dizer que não existem mais safras ruins; a verdade é que safras de péssima qualidade, como foi a de Bordeaux em 1972, são provavelmente coisa do passado.

Vinhos bons de área onde o clima pode mudar dramaticamente de um ano para outro (principalmente na Europa) apresentarão variações em profundidade e personalidade dependendo da safra, ou seja, a data da safra deve ser considerada. Ao escolher vinhos menos caros, contudo, o ano não será necessariamente um fator tão importante na sua decisão, pois as diferenças entre safras não serão tão significativas.

tabela_de_safras_de_vinhos_mistral_regiões_viníferas As tabelas de safras o ajudarão a escolher entre vinhos de datas diferentes, mas os critérios de definição dos melhores vinhos podem ser pessoais e não combinar com o seu gosto. E mais, ao comprar vinhos mais velhos, você poderá fazer bons negócios ao escolher safras que não foram tão valorizadas, como a de Bordeaux 1981, que foi totalmente obliterada pela resplandecente safra de 1982.”

Deixo a minha dúvida: em meio a uma quantidade tão abundante de rótulos, regiões e variedades viníferas, você habitualmente considera a safra antes de selecionar uma garrafa?

Fonte: Le Cordon Bleu, Vinhos.

O maior evento da agenda da importadora será realizado nos dias 24 e 25 de agosto, com grandes rótulos e a presença de diversos produtores

Grand Cru logo A Grand Cru promoverá nos dias 24 e 25 de agosto, na Casa da Fazenda do Morumbi, a terceira edição do esperado Grand Tasting, um dos mais importantes eventos da agenda de degustações promovidos pela importadora. Na ocasião, os participantes poderão degustar as principais novidades do catálogo 2010 e também o que há de melhor no portfólio da importadora, detentora da maior carta de Bordeaux do país. Serão dezenas de rótulos disponíveis para degustação, espalhados em plataformas temáticas. O investimento é de R$ 180 por pessoa, com direito a degustar todos os rótulos do Grand Tasting. Para as degustações paralelas e a vertical de Cobos haverá um acréscimo no valor do ingresso.
 
servindo vinho para degustação Serão dois dias de degustações: o primeiro para jornalistas e profissionais da área convidados pela Grand Cru, que terão ainda a sua disposição um serviço de traslado exclusivo de ida e volta. O segundo será para os clientes e terá ainda degustações extras e uma vertical de Cobos.
 
A feira será divida em diversas estações temáticas, separadas por uvas e regiões. Haverá também diversas estações com produtores representados exclusivamente pela Grand Cru no Brasil. Os visitantes poderão degustar o que há de melhor relativo a cada um dos temas, com rótulos altamente pontuados pelos mais importantes nomes e publicações do mercado mundial de vinhos.
 
A estimativa da importadora é que cerca de 400 pessoas visitem o evento. 
 
Grand Tasting 2010
 
Imprensa e sommeliers convidados:
Data: 24 de agosto de 2010 (terça-feira)
Local: Casa da Fazenda do Morumbi – Avenida Morumbi, 5594
Horário: 15h às 21h
RSVP: camila.perossi@uol.com.br
 
Consumidor final:
Data: 25 de agosto de 2010 (quarta-feira)
Local: Casa da Fazenda do Morumbi – Avenida Morumbi, 5594
Horário: 18h às 23h
Investimento: R$ 180 / pessoa
 
Estações:
1 – Champagne e Espumantes
2 – Brancos do Novo Mundo
3 – Brancos do Velho Mundo
4 – Pinot Noir no Mundo
5 – 95+ (por Robert Parker)
6 – Grandes Ícones Du Rhône
7 – Argentina – A terra do Malbec
8 – Supertoscanos – Os vinhos fora da lei
9 – Grandes Achados pelo Mundo
10 – A perfeição do Assemblage
11 – 2005 – A Grande Safra de Bordeaux
12 – Vertical de Casa Real
 
Degustações Paralelas:
 
– Vertical de COBOS: R$ 300 (Grand Tasting incluso)
Safras: 1999, 2000, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007
– Os grandes Merlot do Mundo: R$ 590 (Grand Tasting incluso)
Petrus 2004, Massetto 2006, La Mondotte 2005, La Fleur de Gay 2005, Intruzo ( Giramonte ) 2006
 
Informações e reservas: (11) 3062-6388
RSVP: Patrícia Aires – patrícia_marketing@grandcru.com.br
Vendas e informações: info@grandcru.com.br
www.grandcru.com.br/grandtasting

Edição 2010 acontece entre os dias 19 e 22 de agosto

A M&P Eventos promoverá, entre os dias 19 e 22 de agosto 2010, o Wine Weekend, o maior e mais importante festival de vinhos voltado para o público consumidor já realizado no Brasil.

jockey-club-de-sao-paulo O local escolhido foi o festejado Jockey Club de São Paulo, situado na Cidade Jardim, que além do fácil acesso, dispõe de 7 mil vagas de estacionamento.

Reunindo em um só lugar centenas de produtores, importadores, sommeliers, enólogos, chefes de cozinha e jornalistas especializados, o Wine Weekend, além de oferecer os melhores rótulos nacionais e importados por um ótimo custo benefício, promoverá palestras, degustações, leilões de partilhas especiais, favorecendo negócios, lazer e entretenimento para os apreciadores dos bons vinhos e da boa mesa.

A expectativa é que, durante os quatro dias do Festival, passem pelo Jockey Clube mais de dez mil pessoas, que poderão apreciar e adquirir vinhos e espumantes da Salton, Casa Valduga, Donno do Brasil (também da Casa Valduga), Vila Francioni e Concha y Toro, além dos melhores rótulos das importadoras Reloco, Paralelo 35 , MR Man , Magna Import, Interfood, Dolivino, Tradebanc entre outras. Serão cerca de 1000 rótulos, vendidos diretamente ao consumidor, com descontos entre 10% e 50%.

Dentre as atrações previstas, estão as seguintes:

• Degustações gratuitas de mais de 2000 rótulos de tintos, brancos, rosés, espumantes e licorosos

• Wine Bazzar com exelentes produtores e importadores vendendo seus produtos por um ótimo custo/benefício

• Leilão de partilhas especiais

• Demonstração de acessórios e utensílios enogastronômicos

charcutaria queijos e vinhos • Picnic Area para degustação de charcutaria, queijos e vinhos

• Praça de gastronomia com menus harmonizados

• Cigar Point para degustação de charutos

• Ciclo de palestras sobre cepas e regiões com grandes experts

• Lounge de leituras com biblioteca temática à disposição

• Exposição de roteiros enoturísticos nacionais e internacionais

• Apresentação de pesquisas de mercado inéditas a produtores e importadores

• Arena de debates entre jornalistas e produtores

• Análise técnica dos vinhos por especialistas convidados e publicação na Vinho Magazine

Informações práticas:

Wine Weekend Festival
19 a 22 de agosto de 2010
12h às 22h
Jockey Club de São Paulo
Av. Linneu de Paula Machado,1263
Valor do ingresso: R$ 30,00 com direito à uma taça/degustação e duas palestras
Venda antecipada – R$ 25,00

www.wineweekend.com.br ou www.ingressorapido.com.br

Para os amantes do vinho, fica a dica de um evento que promete “aquecer” São Paulo numa semana tão gelada.

Recentemente li um artigo que foi publicado no jornal The New York Times sobre uma prática de restaurante pouco conhecida: a degustação do vinho servido pelo sommelier da casa. No artigo em questão, o jornalista narra uma situação vivida por um conhecedor de vinhos em um restaurante de Nova Iorque. O conhecedor discutia com a sua companheira a qualidade do vinho que tomavam, quando o sommelier que escutava a conversa afirmou que o vinho estava bom, pois ele mesmo o havia provado. O casal, que desconhecia essa prática, ficou consternado e o que deveria ter sido considerado um serviço bem intencionado oferecido pelo restaurante acabou por gerar um mal estar desnecessário com um cliente que não abriria mão de seu primeiro gole.

taça de degustação taste vin tasse de dégustation Apesar de não ser muito difundida, essa prática é na verdade muito mais antiga do que se imagina e data da época em que o papel do sommelier era provar as bebidas dos reis e realezas para garantir que não fossem envenenados. Para degustar, o sommelier usava um instrumento conhecido como “taste vin” ou “tasse de dégustation”, um recipiente raso de prata que o profissional do vinho carregava em uma corrente ao redor do pescoço. Com o passar dos anos essa prática foi se perdendo, mas recentemente alguns restaurantes vêm retomando-a com o intuito de garantir que o vinho chegue ao consumidor com a qualidade esperada.

Acontece que são poucos os bebedores que de fato sabem identificar algum defeito no vinho e então, muitas pessoas acabam tomando um vinho oxidado ou “passado” sem mesmo perceber, ou simplesmente consideram que o vinho não era lá tão bom, deixando uma boa parte sobrar na garrafa. Tendo isso em conta, restaurantes preferem adotar o “taste vin” para evitar qualquer experiência ruim do seu consumidor. E então entra o papel do sommelier, que ao abrir uma garrafa serve o primeiro gole para si, avalia as características de aromas e sabores e garante que o produto servido não tem falhas ou está estragado.

Pensando por este lado, a prática parece muito positiva, pois pauta-se unicamente em beneficiar o consumidor. Mas e quando o consumidor também é conhecedor, como foi o caso da história narrada no artigo do The New York Times? Será que ele teria essa mesma percepção? Eu mesma já passei por uma situação semelhante em um bistrô em São Paulo. Estava comemorando meu último dia de aula do curso de Sommelier com mais dois colegas da turma. Pedimos um vinho bacana e fomos surpreendidos com o “taste vin”. Confesso que foi bastante curioso. Entreolhamos-nos e acabamos achando graça da situação. Mas no caso do nosso amigo de Nova Iorque, a percepção não foi a mesma.

Como resolver uma questão tão delicada como esta? Em minha opinião de consumidora e sommelière, acho que o serviço tem muito a agregar. Mas acho também que é muito mais gentil perguntar ao consumidor se ele gostaria que o sommelier averiguasse se o vinho está correto. Assim, certamente o consumidor que não entende muito ficaria feliz de ter a certeza de um vinho bom e satisfeito com a delicadeza de um serviço oferecido pelo restaurante, e o consumidor que entende não se sentiria ofendido.

E você, já foi surpreendido por um “taste vin”? O que você pensa sobre isso?

Aqui temos uma lista bem completa de nomes e volumes para garrafas de vinho. Os nomes são quase todos tirados de reis bíblicos, e variam conforme o formato da garrafa – Bordeaux, Borgonha ou Champagne – ou o país de origem. Muito interessante conhecer:

garrafas de vinho

½ garrafa – 375mL

Tamanho padrão – 750mL
Magnum – 1,5L (equivalente a 2 garrafas padrão)
Double Magnum – 3L (equivalente a 4 garrafas, apenas Bordeaux)
Jeroboam – 3 a 4,5L (4 garrafas – Champagne e Borgonha, 6 garrafas – Bordeaux)
Rehoboam – 4,5L (6 garrafas – Champagne e Borgonha)
Imperial – 6L (8 garrafas, apenas Bordeaux)
Matusalém – 6L (8 garrafas, Champagne e Borgonha)
Salmanazar – 9L (12 garrafas, Champagne e Borgonha)
Balthazar – 120L (16 garrafas)
Nabucodonossor – 12,0 a 15,0L (16 a 20 garrafas, dependendo do país de origem)
Melchior – 18L (24 garrafas)
Salomão – 20L (28 garrafas, apenas Champagne)
Sovereign – 25L (33,3 garrafas, apenas Champagne)
Maximus – 130L (173,3 garrafas – no formato Bordeaux)

Sabemos que os bons vinhos, quando bem armazenados, podem evoluir na garrafa com o passar do tempo. Um dos fatores que influencia na evolução de um vinho é o tamanho da garrafa que o acondiciona. As reações entre o vinho e o pequeno volume de oxigênio que fica preso entre a rolha e o líquido são determinantes para sua evolução.

Quando o vinho é acondicionado em uma garrafa de pequeno volume, a proporção de oxigênio em relação à quantidade de líquido na garrafa é maior, e consequentemente mais rápida será sua evolução. Mas uma evolução rápida não significa necessariamente uma evolução melhor. Ao contrário, muitos defendem que em garrafas maiores o desenvolvimento do vinho ocorre de maneira mais apropriada, uma vez que nessas condições ele irá evoluir mais lentamente.

Portanto, se a questão aqui for desfrutar de um bom vinho em sua melhor expressão, tamanho pode ser sim documento.

Referências:

www.nababu.org

www.vidaeestilo.terra.com.br

Saludos Mexicanos!

De algum tempo para cá os vinhos do Novo Mundo vêm conquistando paladares de grandes críticos e as mesas dos consumidores mais exigentes. Há alguns países produtores, no entanto, que ainda não possuem uma expressão em mercados externos e que, muitas vezes, sofrem com o preconceito. O Brasil mesmo é um deles. Quem nunca viajou para um país com tradição vinícola e ao comentar sobre um vinho brasileiro recebeu aquela expressão de estranhamento: “Vinho Brasileiro? Mas o Brasil produz vinhos?” Não os culpo, pois apesar de já produzirmos vinhos há muito tempo, o aprimoramento das técnicas de cultivo e tecnologias usadas na vinificação são muito recentes, assim como o salto da qualidade dos nossos produtos os quais, há pouco tempo atrás, ainda eram medíocres. Além do mais, o Brasil sempre foi o país da cerveja ou da caipirinha, como é mais conhecido lá fora.

tequila ou vinho mexicano? E o mesmo passa com o México, que leva tanta fama com a tequila.  Quem de vocês já provou um vinho mexicano? Pois é. Eu já havia escutado algo a respeito, mas confesso que nunca havia visto nada nas prateleiras nem lido nenhuma reportagem nas edições do meio. Foi então que recebi um convite de trabalho para o México. Na área de marketing, mas nada relacionado a vinhos. Claro que para mim, assim como seria para qualquer enófilo, foi uma oportunidade de procurar conhecer mais sobre a produção vinícola, a história dos vinhos no país e, é claro, degustar! Aqui compartilho com vocês um pouco dessa experiência.

Muito antes dos conquistadores espanhóis chegarem às Américas, os nativos da região mexicana já plantavam uvas americanas para o consumo diário. Quando os espanhóis chegaram e se estabeleceram nas terras que chamaram de “Nova Espanha” em 1522, utilizaram-se das uvas que já eram plantadas ali para a produção de vinho para missa. Hernán Cortés encomendou também sementes e mudas espanholas e tornou o México o primeiro lugar nas Américas a cultivar vinhedos e produzir vinhos para consumo.

Bandeira do México A primeira vinícola comercial mexicana foi fundada em 1593 por Francisco de Urdiñola, Marquês de Aguayo, na fazenda de Santa Maria de Las Parras. Parras é até hoje o centro de produção de vinho mexicano, apesar da vinícola Marquês de Aguayo hoje concentrar-se apenas na produção de destilados.

A produção vitivinícola mexicana sofre dois períodos de recessão: durante a guerra de independência em 1857, quando o clero perde poder ante o Estado e tem seus bens expropriados, e na guerra revolucionária em 1910, quando vinhedos por todo território foram abandonados ou destruídos. Somente em 1922 se reaviva a produção de vinhos em diversos estados do norte, região que é hoje mais conhecida pela qualidade de seus vinhos produzidos.

Mas foi apenas nas últimas décadas que se aprimoraram as técnicas de cultivo e produção, sob influência dos Estados Unidos, que inclusive levaram novas vinhas às regiões produtoras, melhorando a qualidade e ampliando a variedade de seus vinhos.

Vinhedos Santo Tomás Baja Califórnia O vinho mexicano e suas regiões vinícolas estão experimentando seu auge, apesar de o consumo per capita ainda ser muito baixo (apenas 0,16 litros por ano, ocupando a 65° posição na lista mundial). No ano de 2007 a produção de vinhos atingiu 108,000 toneladas, dando ao México a 24° posição na lista mundial.

Os mexicanos que consomem vinho têm em média mais de trinta anos, alto nível acadêmico e boas condições econômicas. Esses consumidores bebem principalmente vinhos importados e apenas 40% dos vinhos produzidos no México são consumidos por mexicanos. O restante da produção é destinado a 27 países, sendo os Estados Unidos o principal comprador com 76%, seguido pela Inglaterra com 3,8%, Japão, Canadá e Alemanha com 1% e alguns países da América Central e Caribe.

Vino Monte Xanic Uma das vinícolas pioneiras no país é a espanhola Domecq, que possui cerca da metade dos vinhedos em Guadelupe, na Baixa Califórnia. Com 41.000 hectares de vinhedos, apenas 10% servem à produção de vinho. A maior parte da uva é utilizada para a produção de tequila e uvas passas. Tive a oportunidade de experimentar um corte de uvas tintas que muito me lembrou os vinhos portugueses – bom corpo e estrutura, redondo e muito aromático (confira detalhes em “Dica da Semana”).

Outros produtores mais conhecidos são L. A. Cetto, Bodegas Santo Tomás, Monte Xanic, de que também experimentei um Sauvignon Blanc muito refrescante, Bodegas San Antonio e Cavas de Valmar.

Assim, com essa experiência, convido o leitor a não criar rótulos e se deixar experimentar antes de qualquer julgamento. Além de aumentar seu conhecimento e poder de crítica, você pode acabar se surpreendendo com as novas descobertas.

Saludos!

Principais Regiões e Produtores:

Aguascalientes

  • Bodegas Dinastía
  • La Bordalesa
  • Viñedos Santa Elena

Baja California

  • Adobe Guadalupe
  • Bodegas de San Antonio
  • Bodegas de Santo Tomás
  • Casa de Piedra
  • Casa Domecq
  • Cavas Valmar
  • L.A. Cetto
  • Monte Xanic

Coahuila

  • Casa Madero

Querétaro

  • Freixenet de México

Prêmios 2010:

  • Vienalies Internationales (14va edición, Paris, Francia)

-Don Luis Cetto Terra 2004, L.A. Cetto – Medalla de Plata

-L.A.Cetto Boutique Sangiovese 2004, L.A. Cetto – Medalla de Plata

-L.A. Cetto Nebbiolo Reserva Privada 2003, L.A. Cetto – Medalla de Plata

  • Chardonnay du Monde (15va edición, Borgoña, Francia)

-Casa Madero Chardonnay 2007, Casa Madero – Medalla de Oro

  • International Wine Challenge (39 edición, Londres, Reino Unido)

-Casa Madero Chardonnay 2007, Casa Madero – Medalla de Bronce

-Casa Madero Semillón 2007, Casa Madero – Mención Honorífica

  • Challenge International du Vin (32 edición, Burdeos, Francia)

-Monte Xanic Chardonnay 2005, Monte Xanic – Medalla de Bronce

-Monte Xanic Chenin-Colombard 2006, Monte Xanic – Medalla de Bronce

-Monte Xanic Sauvignon Blanc 2006, Monte Xanic – Medalla de Bronce

  • Concurso Mundial de Vinos de Bruselas (15va edición, Bruselas, Bélgica)

-Casa Madero Semillón 2007, Casa Madero – Medalla de Oro

-L.A. Cetto Petite Syrah 2006, L.A. Cetto – Medalla de Oro

-Casa Madero Chenin Blanc 2007, Casa Madero – Medalla de Plata

-Chateau Camou Gran Vino Tinto 2004, Chateau Camou – Medalla de Plata

-Chateau Camou Gran Vino Tinto Merlot 2004, Chateau Camou – Medalla de Plata

-Chateau Domecq Cosecha Seleccionada 2005, Domecq – Medalla de Plata

-Monte Xanic Cabernet Sauvignon-Merlot 2005, Monte Xanic – Medalla de Plata

-Monte Xanic Chardonnay 2005, Monte Xanic – Medalla de Plata

-Santo Tomás Único Cabernet-Merlot Gran Reserva 2004 – Medalla de Plata

 Referências

  • Asociación Nacional de Vitivinícultores (México)
  • Revista, El vino y otras delicias, ejemplar de colección México y sus vinos, año 3 número 17, Bimestral Agosto-Septiembre de 2002, Grupo Editorial Neón, México DF.
  • Revista México Desconocido, Bebidas Nacionales de México, capitilo VII Cervezas y Vino, guía no. 18, Editorial Jilguero México D.F. 1994.
  • Revista Vinísfera, XVI Concurso Internacional Ensenada Tierra de Vinos, año 1 número 4, Bimestral, Septiembre-Octubre de 2008, Editorial Mexicana de Vinos SA de CV.Sitio Oficial
  • Lloyd:Mexican Economic Report.