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Fundada em 1963, a Fundação Eugênio de Almeida (“F.E.A.”) é uma instituição auto-sustentável sem fins lucrativos. Ela administra projetos que visam ao desenvolvimento social, cultural e técnico da região de Évora. Em suas propriedades, explora as culturas arvenses, a pecuária, silvicultura e a viticultura. A produção vinícola é realizada na Adega Cartuxa e financia todos os outros projetos.

 adega cartuxaHoje em dia, o antigo posto jesuíta, onde já em 1776 funcionava um importante lagar de vinho, recebe visitantes enófilos do mundo inteiro para as degustações que devem ser agendadas com antecedência e variam da mais simples à mais refinada.

 Conduzidos pela guia credenciada pela F.E.A., Ana Santos, a visita inclui dois vídeos exibidos em diferentes momentos, um passeio pelas salas e corredores um dia habitados pelos monges cartuxos, uma experimentação aromática e, por fim, a degustação em si. Enquanto vamos atravessando corredores ladeados por grandes tonéis de carvalho (ainda usados pela empresa) e salas que guardam antigas instalações vinícolas como as ânforas argelinas e as imensas cubas de concreto revestidas de resina (testemunho de um passado recente), ouvimos as explanações da Ana, tendo de fundo o som celestial do canto gregoriano.

 degustacao olfativaA originalidade da visita surge no momento por eles denominado de “experiência aromática”, que eu chamaria de “degustação olfativa”. Fizemos aí uma parada diante de um painel contendo fotos das principais uvas por eles cultivadas e seus respectivos aromas apresentados em essências elaboradas pela própria empresa. Foi uma prazerosa brincadeira em que íamos descobrindo toda a complexidade aromática de uvas como a Trincadeira, a Aragonez, a Castelão, Antão Vaz e a Alicante Bouchet.

 O Pêra-Manca tinto é o vinho mais caro produzido pela F.E.A. na Adega Cartuxa. É feito somente nos anos de boa safra, atendendo a um elevado grau de exigência na qualificação das colheitas que precisam ser de qualidade exepcional. O primeiro Pêra-Manca tinto da F.E.A. foi produzido em 1990. De lá para cá, em 21 anos, foram produzidos apenas 10 safras do Pêra-Manca. Por aí se entende por que é bem difícil ser encontrado e por que seu preço é diferenciado na categoria. O Pêra-Manca branco é também muito bom, porém, não goza do mesmo prestígio.

 A F.E.A. produz ainda, os vinhos da linha “Cartuxa”, o Scala Caeli (de produção muito pequena, feito todos os anos com as melhores castas da safra que não sejam típicas do Alentejo) e o E.A., muito popular aqui no Brasil. Todos, vinhos de qualidade respeitável.

 Ao final da visita, a degustação dos vinhos (Pêra-Manca tinto e branco) simpaticamente acompanhada de pãozinho, fatias de queijo de cabra, fatias de “enchido” (embutidos), água e provas de seus três azeites (o “Álamos”, o “Cartuxa” e o “E.A.”).

 Avaliação dos vinhos:

vinho português pera manca 1. Pêra-Manca branco, safra 2009

Castas: Antão Vaz e Arinto

Teor alcoólico: 13,5% vol.

Região: Évora-Alentejo

De coloração amerelo-ouro claro, límpido e brilhante, o vinho liberava intensos aromas de frutas exóticas e mel; em boca, seco, um toque amanteigado e notas de amêndoas, revelando bom corpo, acidez extremamente agradável e final persistente.

 2. Pêra-Manca tinto, safra 2007

Castas: Tricadeira e Aragonez

Teor alcoólico: 14%

Região : Évora-Alentejo

Com intensa coloração rubi escuro, aroma de frutos negros maduros, toque de madeira, em boca, seco, os frutos maduros, notas de especiarias, bom corpo, estrutura balanceada, revelando taninos delicados e final de longa persistência.

 Não poderíamos deixar de tecer aqui um breve comentário sobre os azeites apresentados:

1.  “Álamos” – elaborado com dois tipos de oliva, é utilizado de várias maneiras: cozinhar, assar, temperar; bem versátil e saboroso.

2. “E.A.” – utilizado em pratos mais pesados, como carnes vermelhas, é um azeite forte e picante.

3. “Cartuxa” – elaborado com um único tipo de oliva, é delicado e suave; ultizado para saladas, peixes cozidos e massas frias.

 O nome Pêra-Manca é uma curiosidade à parte. Conta-se que deriva do toponímico “pedra-manca”ou “pedra oscilante”- uma formação granítica de blocos arrendondados em desequilíbrio sobre rocha firme.

 Visitar a Adega Cartuxa foi uma experiência inesquecível que nos permitiu compartilhar da generosidade alentejana e da história de um grande vinho.

 Maria Uzêda

Existem inúmeros tipos de uvas utilizadas para a elaboração dos principais vinhos do mundo, as chamadas uvas viníferas. Divididas em tintas ou brancas, cada qual possui características próprias que as diferenciam umas das outras. Algumas, como já foi dito no artigo postado neste blog em 12 de maio, são emblemáticas de uma determinada região, mas podem ser cultivadas em outras partes do mundo com bom resultado. Muitas vezes, no entanto, uma mesma variedade de uva pode dar vinhos com características diferentes, como coloração e aroma, dependendo do clima, do solo em que foi cultivada, do ano da safra e até mesmo do capricho do enólogo.

Confraria ABS Na quarta edição da Confraria dos Amigos da ABS, o grupo enfrentou o desafio de degustar às cegas e avaliar vinhos de diferentes procedências, elaborados com a mesma uva: Pinot Noir.

A Pinot Noir é uma uva de pele fina, com pouco corante e relativamente pouco tanino. É uma varietal muito sensível às condições climáticas e reconhecidamente difícil e exigente. Por isso, vinhos produzidos com essa uva são dispendiosos em sua elaboração, o que geralmente reflete no seu preço final.

Com a Pinot Noir se produzem os grandes Borgonhas, como o Romanée Conti e o Chambertin por exemplo, e todos os tintos da sub região Côte D’Or. Ela entra também na elaboração dos Champagnes e espumantes. Apesar de sua origem francesa, a Pinot Noir tem sido cultivada em outros países como Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e mais recentemente em países sul americanos como Chile, Argentina, Uruguai e Brasil.

Em nosso encontro, foram degustados quatro vinhos, todos 100% Pinot Noir, sendo dois deles da região de Borgonha, um Neozelandês e um do sul do Brasil. Estavam presentes os colegas Arlene Colucci (Gabinete de Comunicação, ABS), Matias, Rafael Porto (Expand, ABS), Kátia, Maria Uzêda (ABS), Cristina Xavier (SENAC e ABS), Fabio Brito e Gustavo Buara (ABS).

Nuits-Saint-Georges-Confraria-ABS 1. Nuits-Saint-Georges 2008, Borgonha, França

Grand Vin de Bourgogne, Chateau de Beaune, Côte D’Or

Características: vinho de coloração rubi com reflexos atijolados e um halo aquoso, sinalizando grau de evolução aromas de frutas maduras, doce em compota e baunilha; corpo médio com taninos marcantes e boa peristência.

Preço: $49,00

2. Vicar’s Choice 2010, Marlborough, Nova Zelândia

Saint Clair Family Estate, 13,5%

Características: vinho de coloração rubi intenso, com reflexos violáceos; aroma de frutas vermelhas, sutil couro e pimenta; em boca um vinho de corpo médio com leve adstringência e taninos suaves.

Preço: R$83,00 na Grand Cru.

Dadivas-Pinot Noir-Lidio-Carraro 3. Dádivas Pinot Noir 2010, Encruzilhada do Sul, Brasil

Lídio Carraro, 12,5%

Características: vinho de coloração rubi com reflexos atijolados; aromas de madeira verde, mate, chá preto e um fundo marcante de mel; um vinho de corpo médio, equilibrado e com taninos aveludados.

Preço: R$45,00, na vinícola.

4. Joseph Drouhin 2006, Bourgogne, França

Appellation Bourgogne Controlée, 12,5%

Características: coloração granada; leve aroma de fruta com fundo de resina; corpo delicado, leveza, pouca fruta, fácil de beber.

Preço: R$100,00.

Os vinhos degustados nos passaram a noção exata de como uma mesma uva pode resultar em vinhos tão variados, de acordo com a sua procedência. Surpreendeu-nos o vinho Neozelandês por sua agradável refrescência frutada e alegre e seus taninos macios, bem ao gosto do paladar brasileiro de modo geral. Surpreendeu-nos também o vinho nacional por sua fineza e elegância típicas da Borgonha, o que nos levou a confundí-lo com um autêntico francês. Quanto aos dois Borgonhas, o de safra mais recente mostrou bem toda a tipicidade da região, ao passo que o de safra mais antiga pareceu-nos estar esgotando toda sua fase de evolução, começando já a mostrar menos intensidade e a perder a sua fruta.

Saímos do encontro com a feliz sensação de termos desvendado um pouco mais sobre o maravilhoso e envolvente mundo do vinho.

Maria Uzêda.

Essas são as diferentes denominações para um mesmo vinho fortificado produzido no sul da Espanha: o Jerez. O Processo de produção e envelhecimento do Jerez somente pode ser feito numa única área conhecida como triângulo de Jerez, composto por três cidades: Jerez de La Frontera, Sanlúcar de Barrameda e El Puerto de Santa Maria. Outros municípios como Chipiona, Trebujena, Rota, Puerto Real, Chiclana e Lebrija têm seus vinhedos, produzem seus vinhos, mas não fazem o Jerez.

tio-pepe-jerez Na Espanha, o mecanismo de produção de vinhos é rígido e controlado por rigorosa regulamentação e restrições comerciais. Há delimitação de Zona de Crianza (envelhecimento) e Zona de Produción. Há também tipo de bodegas: as Bodegas de Produción ficam situadas fora do triângulo de Jerez, podem produzir vinho e vendê-lo para Zona de Crianza e elaboram vinho para venda sem D.O.; as Bodegas de Crianza y Almacenistas (armazéns) ficam situadas dentro da Zona de Crianza, envelhecem o vinho com D.O. e são obrigadas por lei a vendê-lo para as Bodegas de Crianza y Expedición (exportadores). Estas por sua vez, ficam situadas dentro da Zona de Crianza, envelhecem, vendem e exportam vinho com D.O.

As variedades de uvas autorizadas na região são a Palomino Fino (principal uva que produz o melhor Jerez), a Pedro Ximenes (produz vinhos doces e xarope para vinho licoroso) e a Moscatel (que produz vinho doce).

A elaboração do vinho Jerez se dá graças a uma combinação perfeita de natureza (clima excepcional, solo de albariza), tradição (método de solera) e tecnologia (vinho base impecável).

solera-vinos-jerez Quando o vinho base está pronto para fermentação, é classificado em categorias: pálidos e ligeiros ou mais estruturados e encorpados. Uma segunda classificação se segue baseada no grau de fortificação (adição de destilado de vinho). Vinhos pálidos e ligeiros são, deliberadamente, fortificados a 15% e serão maturados sob a camada protetora de uma espontânea levedura própria do Jerez, chamada Flor. Esses vinhos são submetidos à crianza 100% biológica e darão origem ao Jerez Fino. Vinhos encorpados são, deliberadamente, fortificados a 17% e são maturados em contato com o ar, pois as barricas de carvalho americano onde são colocados, com capacidade de 600 litros, são preenchidas com apenas 500 litros. Esses vinhos são submetidos à crianza 100% oxidativa e darão origem ao Jerez Oloroso. Então cada vinho, de acordo com sua categoria, inicia sua jornada através do sistema de solera onde é submetido, por no mínimo três anos, a sucessivas misturas (blends) e estágios de envelhecimento. O sistema de solera é a base do Jerez.

colores-y-tipos-de-jerez Ao final de todo o processo de envelhecimento, obtém-se vários tipos de vinhos de Jerez: Jerez Fino, Manzanillas, Amontillados, Oloroso e Palo Cortado.

O Jerez Fino é um vinho delicado e menos encorpado, de coloração amarelo pálido, com aromas de brioche e fermentados e em boca, seco, notas de amêndoas, ligeiro amargor e vago toque de sal.

O Manzanilla é igualmente fino, seco, pálido, com uma leve diferença no aroma que nos lembra a flor de camomila.

O Amontillado é também fino e seco, porém mais escuro e mais complexo.

O Oloroso é um vinho mais encorpado, seco, escuro, cortante, glicérico, gordo e amargoso.

O Palo Cortado é considerado uma raridade, por isso, muito caro. É classificado entre um Amontillado e um Oloroso.

Fino ou Oloroso, o fato é que parecem participar de uma mesma equação, ou, se preferir, de um mesmo poema que somente a mão do home é capaz de produzir e nos fazem sentir mais vivos do que nunca. Experimente!

Maria Uzeda de A. P. Xavier

alimentacao_romanos-vinho O vinho é uma bebida milenar, produzida e apreciada desde a antiguidade, que passou por inúmeros processos de melhoria, de estudos e descobertas. Mas ainda assim, continua um mistério, provocando surpresas e novas sensações a cada garrafa aberta, que levam o consumidor ao deleite.

Mas por que há tanta variação de um vinho para outro? Existem milhares de motivos que tornam o vinho uma bebida única. Sua variedade, ou a uva que é utilizada na sua produção, que definirá suas características básicas; o microclima ou o terroir, que irá determinar sua personalidade; a safra, ou as condições climáticas de determinado ano, que irão determinar a expressão do vinho; e as características do produtor e do processo de produção, que definirão o estilo do vinho. Mas essas são apenas algumas das variáveis que influenciam no resultado final de um vinho.

Quando falamos das variedades de uvas, são mais de 3.000 plantadas mundo afora. Aquelas que são originais da região onde são plantadas são chamadas de autóctones, como a Cabernet Sauvignon na França, a Sangiovese na Itália ou a Tempranillo na Espanha, enquanto aquelas que não são originais de sua região de produção, mas que, no entanto, se deram muito bem nesta outra região, são chamadas de uvas símbolo, como a Malbec na Argentina, a Carmenère no Chile ou a Tannat no Uruguay. O movimento que vem acontecendo é que os países produtores que não possuem uvas autóctones de grande expressão têm buscado encontrar a sua uva símbolo.

Merlot-uva-símbolo No Brasil, que ainda é um jovem produtor e com pouca tradição, cada vez mais se questiona quais uvas se dão melhor em nosso terroir. Para as brancas, o destaque vai para a Chardonnay, que tem mostrado importante potencial no Rio Grande do Sul, tanto para a produção de vinhos espumantes quanto para vinhos tranqüilos. Enquanto para as tintas, que ainda são as preferidas do consumidor brasileiro, a Merlot tem mostrado bons resultados, obtendo inclusive alguns prêmios em concursos internacionais.

A Merlot é uma variedade bastante plantada pelo mundo e tem uma fama importante na região de Pomerol, onde marca presença na elaboração de vinhos ícones como Chateau Pétrus e o Le Pin, em Bordeaux, na França. É uma uva que gera vinhos de médio corpo, com taninos equilibrados, aromas de café, ameixa madura e pimenta preta, e pode ser harmonizado com aves, caça e massas com molho vermelho.

grupo-confraria-amigos-abs Assim, na terceira edição da Confraria dos Amigos da ABS, lançamos um embate aos grandes Merlots nacionais. Estiveram presentes os amigos confrades Rafael Porto, da Expand, Arlene Colucci e Matias do Gabinete de Comunicação, Almir Luppi do blog Vinho dos Anjos, Maria Uzêda, aluna da ABS e Fabio Brito. A degustação foi feita às cegas e os resultados foram bem interessantes:

Salton Desejo 2006

100% Merlot

RS, Brasil

Características: 12 meses de passagem por barrica, possui aromas de frutas negras maduras e tabaco com notas de café. Em boca, corpo leve e taninos bastante arredondados. Curta persistência e boa acidez. É um vinho muito elegante e fácil de beber.

Preço médio: R$65,00

DNA99 Pizzato 2005

100% Merlot

RS, Brasil

Características: 9 meses de passagem por barrica. Possui aromas de ameixas secas, especiarias, baunilha e um fundo herbáceo. Em boca, taninos marcantes, médio corpo e boa acidez e persistência. Muito bom.

Preço médio: R$100,00

Storia Casa Valduga 2006

100% Merlot

RS, Brasil

Características: 12 meses de passagem por barrica. Possui aromas de frutas vermelhas com notas de coco, baunilha e chocolate. Em boca, corpo médio, taninos maduros, com boa estrutura e persistência. É um vinho diferente e muito interessante.

Preço médio: R$110,00

Merlot Terroir Miolo 2008

100% Merlot

RS, Brasil

Características: Elaborado pelo renomado enólogo Michel Rolland, este vinho possui 12 meses de passagem por barrica, aromas de frutas negras maduras, uvas passas, com notas de couro e baunilha. Possui bom corpo, taninos marcantes e boa persistência. Muito bom.

Preço médio: R$110,00

avaliação-dos-vinhos A colocação, de acordo com a pontuação dos participantes, foi:

1º. Lugar: Merlot Terroir 2008 – Miolo

2º. Lugar: Storia 2006 – Casa Valduga

3º. Lugar: DNA99 2005 – Pizzato

4º. Lugar: Desejo 2006 – Salton

Os vinhos degustados são excelentes representantes da Merlot nacional. Muito bem elaborados, cada um com a sua peculiaridade e atendem bem ao paladar do consumidor. Para quem não conhece, vale experimentar cada um deles e conferir como estamos nos saindo com a Merlot como uva símbolo.

Para os amantes do vinho, um dos maiores prazeres na vida é poder desfrutar de um bom vinho harmonizado com uma boa culinária na presença de amigos e profissionais do meio, tão apaixonados pelo tema. Compartilhar momentos como este, que são momentos únicos, é especial e guardamos com muito carinho em nossas memórias.

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Arlene Colucci, da assessoria Gabinete de Comunicação, Marcos Simonsen, da MS Import e Cristina Almeida Prado

Nesta semana tive a oportunidade de participar de um Wine Dinner no restaurante Ávila, promovido pela importadora MS Import, do empresário Marcos Simonsen, há dois anos no mercado de vinhos e com um portifólio bastante expressivo com seus vinhos Argentinos. O intuito do evento foi o de apresentar os vinhos da linha Sur de Los Andes, harmonizados com a culinária argentina do tradicional restaurante. Na ocasião, estava presente o proprietário da vinícola, o Sr. Guillermo Banfi, figura simpática e carismática, que tive o gosto de conhecer e conversar um pouco sobre seu trabalho e sua trajetória.

O mercado de vinhos Argentinos tem uma produção larga e um consumo de vinhos interno bastante expressivo. Para se ter idéia, o consumo per capita hoje na Argentina gira em torno de 30 litros. Um consumo gigante perto dos 2 litros per capita consumidos no Brasil. Ao mesmo tempo, sabemos que o consumo interno de vinhos na Argentina tem caído de alguns anos para cá. No entanto, existem mercados, como o próprio Brasil, onde ainda há muito que se explorar e crescer nesse sentido. Por isso, vinícolas como a Sur de Los Andes, tem dado atenção especial a este mercado.

Guillermo-Banfi-Sur-de-Los-Andes

Sr. Guillermo Banfi, proprietário da Bodega Sur de Los Andes

A vinícola Sur de Los Andes, localizada na famosa cidade de Mendoza, foi fundada em 2005 por Guillermo Banfi, que após trabalhar alguns anos com seu pai já no ramo de vinhos, decidiu abrir sua própria vinícola. Seus vinhos de maior expressão, que são assinatura da bodega, são aqueles produzidos a partir das castas tradicionais Malbec, Torrontés e Bonarda. Os vinhos da Sur de los Andes são leves, frutados e equilibrados que agradam muito ao paladar do brasileiro. Hoje a vinícola produz cerca de 200 mil garrafas por ano e direciona 75% da sua produção para o mercado externo, principalmente para Brasil, Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, com preços bastante competitivos.

O Wine Dinner foi um evento muito agradável, que promoveu uma perfeita combinação de vinhos bem elaborados com a culinária típica Argentina. Foi uma ótima oportunidade de conhecer a linha Sur de Los Andes, saber mais sobre a história dos vinhos degustados e de como tudo isso começou. Uma coisa é certa: bons vinhos vêm de muita paixão e dedicação e isso pode claramente ser visto no trabalho do Sr. Guillermo Banfi.

Vinhos Degustados:

MS-Import-vinhos-Sur-de-Los-Andes

Sur de Los Andes Torrontés 2009

100% Torrontés

Provincia de La Rioja, Argentina

Aromas típicos da uva Torrontés, com notas florais, de lima e lichia. É um vinho leve, com bastante frescor, acidez equilibrada e fácil de beber.

Preço médio: R$30,00

Sur de Los Andes Chardonnay Premium

100% Chardonnay

Mendoza, Argentina

Aromas de peras, com notas cítricas e amanteigadas. Corpo leve e acidez equilibrada.

Preço médio: R$40,00

Sur de Los Andes Malbec 2008

95% Malbec, 4% Bonarda e 1% Cabernet Franc

Mendoza, Argentina

De coloração intensa, o vinho apresenta aromas de frutas negras maduras e notas de baunilha. Em boca, corpo médio, toques de especiarias, como pimenta preta e baunilha, taninos arredondados e boa acidez.

Preço médio: R$34,00

Sur de Los Andes Malbec Gran Reserva 2006

90% Malbec e 10% Carbernet Sauvignon

Mendoza, Argentina

Feito a partir das melhores uvas selecionadas, é um vinho especial. Possui coloração rubi profunda, com aromas de frutas negras maduras com notas de caramelo e baunilha. Em boca, corpo médio, taninos marcantes, notas picantes e acidez equilibrada. Um belo vinho, ótimo custo benefício.

Preço médio: R$65,00.

Saiba mais:

www.bodegasurdelosandes.com.ar

www.msimport.com.br

www.vinhonline.com.br

Gabinete de Comunicação – Arlene Colucci – (11)3082-5444.

A ExpoVinis é a maior feira de vinhos da América Latina e ano a ano surpreende com seu tamanho e novidades apresentadas. Confesso que todo primeiro dia de feira fico com a sensação de não saber por onde começar, mas afinal, não dá mesmo para querer degustar e conhecer tudo. Mesmo em três dias de feira. Por isso, vamos atrás das coisas mais diferentes e, claro, trocando figurinhas com os colegas blogueiros e sommeliers o tempo todo para sermos mais certeiros nas descobertas.

Se fosse falar de todas as descobertas, precisaria de uns 10 posts para transmitir tudo o que conheci. Mas serei objetiva, passando rapidamente pelas novidades que me chamaram atenção e que achei que valeria a pena compartilhar com o leitor.

DRINK_wineYellowTail Começando pelo lançamento do [yellow tail] pela importadora Abflug, com presença de um ônibus amarelo no stand, que circulará pela cidade de São Paulo para marcar o lançamento e fazer divulgação. A [yellow tail] é hoje a maior marca Australiana em volume e foi um caso de sucesso nos Estados Unidos. Lembro que este lançamento foi um caso muito falado e criticado por enófilos mais tradicionais e connaisseurs. Por outro lado, o produto virou uma febre entre os jovens consumidores de vinho e é sucesso de vendas nos Estados Unidos. O que falar? Confesso que estava ansiosa para experimentar sua linha, que é composta por um Chardonnay, um Shiraz e um Cabernet Sauvignon. E a minha opinião sincera é que são vinhos bastante justos. Virão com um preço acessível, na faixa de R$35,00 e são vinhos para beber sem compromisso, no dia a dia ou num bar com os amigos. Confesso também que estou ansiosa para ver como o mercado responderá a este produto, visto que todo seu conceito é voltado para um público jovem, descolado, que busca um vinho fácil de beber e de entender. Um nicho ainda muito pouco explorado no Brasil.

roquette-&-cazes-quinta-do-crasto Os portugueses marcaram uma presença fortíssima com enormes estandes, de importadoras, entidades vinícolas portuguesas e produtores. Alguns destaques foram o Roquette & Cazes Douro DOC 2007 da Quinta do Crasto, trazido pela Qualimpor. Este vinho foi eleito Top 10 da ExpoVinis 2011 e realmente é um vinho fantástico, com um preço ao consumidor na faixa de R$160,00.

Outro português muito falado na feira foi o enólogo Antônio Saramago, um dos mais respeitados e experientes enólogos de Portugal, que marcou presença com seus vinhos trazidos pela importadora Viníssimo. Fui muito bem atendida por sua esposa, muito gentil, que apresentou a linha de produtos com tanto esmero. Aqui, chamo atenção para um vinho especial, o Scancio Reserva, um vinho desenvolvido em parceria com Arthur Azevedo, diretor da ABS-SP e José Carlos Satanita, melhor sommelier português, segundo a Revista de Vinhos de Portugal. Scancio vem da palavra escanção, que significa sommelier, ou o profissional do serviço do vinho. O vinho produzido por esses profissionais é uma homenagem aos sommeliers e escanções do Brasil e de Portugal. O Scancio Reserva 2007 é um vinho Alentejano e é produzido a partir das uvas Grand Noir e Alfrocheiro. Seu preço ao consumidor está na faixa de R$90,00.

Não poderia falar em portugueses e não falar dos vinhos da FTP Wines, com um largo portfólio de vinhos portugueses, que neste evento apresentou uma nova linha, a Picos do Couto, da região do Dão. Dentre os quatro vinhos degustados, meu destaque vai para o Picos do Couto Reserva Branco 2009, produzido a partir da uva Encruzado. Com aromas cítricos e notas amanteigadas é um vinho com muito frescor, bom corpo e notas mineiras em boca. Seu preço ao consumidor está na faixa de R$70,00.

Outra presença forte foi das vinícolas nacionais, com estandes cada vez maiores e mais expressivos, das pequenas às grandes, do Rio Grande do Sul  à Santa Catarina. Alguns destaques :

maria-valduga-espumante Lançamento do espumante Maria Valduga, da Casa Valduga, uma homenagem à matriarca da família, idealizadora do sonho de elaborar espumantes no Brasil pelo método champegnoise. De excelente cremosidade, com perlage fino e persistente, possui aromas de brioche amanteigado e notas tostadas. Foi produzido a partir das uvas Chardonnay e Pinot Noir safra 2006 e permaneceu em autólise por 48 meses. Um excelente espumante com uma garrafa diferenciada e muito bonita para presentear. Ainda assim, quem ficou com o primeiro lugar de melhor espumante nacional pelo júri da ExpoVinis foi o Casa Valduga 130, que é o meu espumante de escolha e é um melhor custo benefício.

Tive a oportunidade de degustar em primeiríssima mão o Salton Gammay 2011! O vinho, que é uma novidade da Salton, seria lançado na Expo Vinis 2011, mas não houve tempo hábil de engarrafar e rotular. Claro que algumas garrafas saíram em primeira mão e puderam ser experimentadas por poucos ali presentes. O vinho é bastante agradável, corpo leve, frutado e fácil de beber. Muito agradável para beber em casa, sem compromisso.

cordilheira-de-santana-chardonnay Conheci também uma vinícola chamada Cordilheira de Santana, que fica no Rio Grande do Sul, bem na fronteira com o Uruguai e produz cerca de 15.000 garrafas por ano. Fui recepcionada por seus proprietários, Rosana e seu marido, que muito simpáticos, apresentaram a linha de produtos da casa. Meu destaque vai para o Chardonnay Reserva Especial, um vinho que leva 12 meses em barrica francesa, possui aromas de frutas tropicais maduras e notas de baunilha e manteiga e um leve fundo tostado, é elegante, possui boa acidez e persistência. E custa somente R$49,00. Excelente custo-benefício. Para quem é fã dos brancos, como eu, vale conhecer.

Destaco também a Vinícola Sanjo, de São Joaquim em Santa Catarina, que obteve colocação nos Top 10 Vinhos Brancos Nacionais com seu Sauvignon Blanc 2009, da linha Núbio. Um vinho de boa intensidade aromática, muito frescor e boa personalidade, com preço na faixa de R$42,00.

Outra vinícola de Santa Catarina, a Suzin, marcou presença com o Zelindo 2008 Reserva Especial, um corte de Cabernet Sauvignon e Merlot, com aromas intensos de geléia e frutas silvestres, toques de especiarias e notas defumadas. Em boca, boa estrutura e complexidade. Estagiou 15 meses em barrica francesa. Foram produzidas somente 2.700 garrafas deste vinho.

Voltando para o velho mundo, esteve presente um produtor siciliano, da vinícola Tarucco. Vinhos muito bem produzidos e com preços bastante acessíveis. Destaque para Tarucco Peralta IGT, produzido a partir de uvas Cabernet Sauvignon e Syrah na região de Contessa Entellina. Aromas de cerejas maduras e notas licorosas. Em boca, bom corpo, taninos aveludados e boa intensidade de frutas. O vinho deverá custar para o consumidor R$57,00.

jean-luc-thunevin-bad-boy Na importadora Viníssimo pude ainda experimentar vinhos do enólogo Jean Luc Thunevin, mais conhecido como Bad Boy ou Garage Boy, o enólogo que difundiu o conceito de vinhos de garage na França. A importadora traz quatro vinhos desse produtor da região de Bordeaux, sendo que os vinhos degustados foram os de Côtes de Bourg e Blaye Côtes de Bordeaux. Destaque para o Chateau La Guilbonnerie 2009, Blaye Côtes de Bordeaux, Carbernet Sauvignon e Merlot, com 12 meses de passagem por barrica. Os taninos ainda estão bastante agressivos, mas mostrou-se um excelente vinho, que irá melhorar com o tempo. Preço ao consumidor: R$88,00.

Uma interessante surpresa foi um vinho degustado na importadora DeVinum da Miguel Torres. A vinícola Miguel Torres tem origem nas Espanha, mas possui produção em mais dois países: Chile e Estados Unidos. Eu conheci a vinícola no Chile, que por sinal, é um belo passeio. Mas não me lembrava com tanta clareza de seus vinhos brancos, até porque os tintos sempre foram a assinatura da casa. No entanto, desta vez, o destaque foi para um branco, com uma proposta diferente. O Viña Esmeralda 2009, produzido a partir das uvas Gewurstraminer e Moscatel, com aromas de menta e hortelã e com muito frescor em boca. Um excelente vinho, com preço médio ao consumidor de R$57,00.

Por fim, a importadora Inovini que apresentou os vinhos do produtor alemão Dr. Loosen, com dois excelentes representantes dos vales do Mosel e Pfalz, o Dr. Loosen “Dr. L” Riesling Qualitatswein Trocken 2009 e Villa Wolf Pinot Gris Qualitatswein Trocken 2010. Excelentes brancos a preços muito bons, de R$49,00. Também na Inovini, o espanhol Bodegas Beronia da região da Rioja, com seu Beronia Reserva DOC 2005 e Beronia Gran Reserva 2001, a R$98,00 e R$160,00 respectivamente.

Claro que tudo isso foi somente uma palhinha de tudo o que foi visto e degustado. Mas para quem não pode estar presente, fica o meu rápido passeio pelas descobertas da ExpoVinis 2011. Agradeço aos colegas blogueiros Almir do Anjos, Daniel Perches, Alexandre Frias e sommeliers Luis Amaral e Fernanda Vianna, pelas dicas e figurinhas trocadas no evento.

Saiba mais:

www.abflug.com.br

  www.qualimpor.com.br

www.vinissimo.com.br

www.ftpvinhos.com

www.cordilheiradesantana.com.br

www.vinicolasuzin.com.br

www.sanjo.com.br

www.tarucco.com

www.devinum.com.br

www.inovini.com.br

Encontro-de-vinhos-off-Almir-dos-Anjos-Cristina-Almeida-Prado-e-Daniel-Perches

Os amigos Almir, do blog Vinho dos Anjos e Daniel Perches, do blog Vinhos de Corte

O Encontro de Vinhos Off inaugurou uma semana que será recheada de importantes eventos da área de vinhos. Organizado por Daniel Perches e Beto Duarte, o encontro aconteceu ontem das 12h as 22h na Pizzaria Bendita Hora, que para quem ainda não conhece, vale conhecer. Como de costume, foi um evento muito bem produzido, em um ambiente que permitiu conhecer novos rótulos, fazer novos contatos, reunir velhos amigos ou simplesmente celebrar a paixão pelo vinho.

 Estiveram presentes cerca de 40 expositores, dentre importadoras que já conhecemos bem, como a Cantu, Expand, Ravin e MaxBrands, até algumas menores que eu conhecia somente por internet, como Smart Buy Wines e La Cave Jado. Além de produtores nacionais, como Lidio Carraro e Villaggio Grando, e alguns produtores internacionais, de países como Itália e França, procurando representação no Brasil, com novidades muito boas.

Além disso, havia uma programação de palestras promovidas por alguns dos expositores, onde foi possível conhecer mais sobre as regiões produtoras e os vinhos apresentados no evento.

Entre goles e conversas, ainda foi possível fazer rápidos intervalos para saborear uma pizza quentinha, cortesia da casa, num espaço ao ar livre com mesinhas à luz de velas.

Dentre os vinhos degustados, fiz uma seleção dos meus favoritos, com um descritivo, preço e onde encontrar:

  1. 1.       Amarone della Valpolicella DOC Classico 2006 – Brigaldara

100% Corvina

 Veneto, Itália

Aronas de frutas negras maduras, toques de amêndoas e baunilha. Em boca, corpo médio, acidez equilibrada, taninos moderados e boa persistência. Grad. Alcoólica: 16,5%. Excelente.

Preço e importadora: Está chegando ao mercado brasileiro e será trazido pela Expand por cerca de R$200,00. Foi apresentado pela representante italiana Yes grapes! – www.yesgrapes.it

  1. 2.       Vigna alle Nicchie Rosso IGT 2007 – Pietro Beconcini

Toscana, Itália

100% Tempranillo

20 meses de barrica francesa e americana. Aromas de frutas maduras e toques florais, com fundo de café e chocolate. Em boca, corpo médio, taninos elegantes e boa persistência. Grad. Alcoólica: 15,5%. Excelente.

Preço e importadora: Está chegando ao mercado brasileiro e ainda não possui representante. Foi apresentado pelo próprio produtor – www.pietrobeconcini.com

  1. 3.       IXE Rosso IGT 2008 – Pietro Beconcini

Toscana, Itália

90% Tempranillo, 10% Sangiovese

14 meses de barrica francesa e americana. Aromas de frutas maduras e toques florais, com fundo mineral. Em boca, corpo médio, acidez equilibrada, taninos elegantes e boa persistência. Grad. Alcoólica: 14,5%. Excelente.

Preço e importadora: Está chegando ao mercado brasileiro e ainda não possui representante. Foi apresentado pelo próprio produtor – www.pietrobeconcini.com

  1. 4.       Gevrey-Chambertin 2007 En Billard – Domaine Jérôme Galeyrand

Borgonha, França

100% Pinot Noir

16 meses de barrica. Aromas de frutas vermelhas maduras e notas de baunilha. Em boca, muita elegância, corpo leve, acidez equilibrada e boa persistência. Excelente representante da Borgonha!

Preço e importadora: Ainda não possui representante. Foi apresentado pelo próprio produtor, Jérome Galeyrand – www.jerome-galeyrand.fr

  1. 5.       Mettler Petite Syrah 2005 – Mettler

Central Valley, Califórnia, Estados Unidos

100% Petite Syrah

13 meses em carvalho francês. Aromas discretos de frutas negras maduras, ervas e notas tostadas. Em boca, corpo cheio, taninos arredondados e longa persistência de frutas. Grad. Alcoólica: 14,2%. Excelente.

Preço: R$130,00

Onde encontrar: Smart Buy Wines – www.smartbuywines.com.br

  1. 6.       Chateau Grand Bert Saint-Émilion Grand Cru – Chateau Grand Bert

Saint Émilion, França

85% Merlot e 15% Cabernet Franc

18 meses em barrica francesa. Aromas de frutas vermelhas com notas de baunilha e amêndoas torradas. Em boca, boa acidez, taninos marcantes e a seriedade de um bom Bordeaux. Muito bom!

Preço e importadora: Está chegando ao mercado brasileiro e ainda não possui representante. Foi apresentado pelo próprio produtor, Laurent Poitevin – www.scealavigne.com

  1. 7.       Domaine Louise Brison AOC Champagne Millésime 2004 Brut

Champagne, França

50% Chardonnay, 50% Pinot Noir

Aromas defumados e de pão com notas de funghi secci. Boa acidez, cítrico e com perlage marcante. Muito bom!

Preço: R$170,00

Onde Comprar: La Cave Jado – www.cavejado.com.br

  1. 8.       Villagio Grando Chardonnay 2008

Água Doce, Santa Catarina, Brasil

100% Chardonnay

Sem passagem por barrica, possui aromas marcantes de mel e laranja. Boa acidez em boca, leveza e frescor. Excelente.

Preço: R$45,00

Onde Comprar: Villaggio Grando – www.villaggiogrando.com.br

  1. 9.       Mitchelton Airstrip 2009

Vitória, Austrália

Marsanne, Rousanne e Viogner

6 meses em barrica francesa. Aromas de pêssego, damasco e melão. Em boa, boa complexidade de frutas e untuosidade. Grad. Alcoólica: 13,5%. Excelente.

Preço: R$109,00

Onde comprar: Wine Society – www.winesociety.com.br

  1. 10.   Massaya Gold Reserve 2008

Bekaa Valley, Líbano

50% Cabernet Sauvignon, 40% Mourvèdre e 10% Syrah

2 anos em carvalho francês. Aromas de geléia de frutas negras, coco e notas de baunilha. Corpo cheio e untuoso – quase mastigável. Taninos bem marcantes e longa persistência. Muito interessante.

Preço: 160,00

Onde comprar: Au Vin – www.auvin.com.br

Meus parabéns aos produtores e importadores pelos excelentes vinhos apresentados. E parabéns aos organizadores, Daniel e Beto! Foi um prazer enorme poder participar e prestigiá-los em mais um Encontro de Vinhos.

Saiba mais:

www.econtrodevinhos.com.br

www.vinhoscorte.com.br

www.papodevinho.blogspot.com

expovinis-2011Nesta semana começa o maior encontro de vinhos da América Latina: o ExpoVinis 2011. O evento é considerado atualmente como um importante catalisador do setor, fomentando e acelerando o contato entre produtores nacionais e internacionais com os players do mercado brasileiro e demais mercados mundiais.

Com a responsabilidade e compromisso de estimular um setor em crescimento, o ExpoVinis Brasil é um evento muito marcante para todo o segmento, especialmente para os profissionais e amantes do vinho, que podem, além de apreciar os melhores vinhos do mundo, conferir palestras e degustações com os principais especialistas do setor.

O ExpoVinis Brasil é um passeio pelas principais regiões vinícolas do mundo. As novidades, aromas e sabores são trazidos por produtores das regiões mais tradicionais do Velho Mundo, como a França, Espanha, Portugal e Itália, enquanto que o Novo Mundo está representado por potencias como Chile, Argentina, Austrália, África do Sul e Uruguai. Países não tradicionais como a Bolívia, Sérvia e Grécia também marcam presença no ExpoVinis, surpreendendo muitos dos visitantes com as características de seus vinhos. E não podemos esquecer do Brasil, que este ano promete uma participação histórica, com mais de 40 vinícolas de suas três principais regiões produtoras: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Vale do São Francisco.

É uma excelente oportunidade para conhecer novos vinhos, fazer novos contatos, conhecer as novidades do segmento e claro, fazer ótimos negócios. Se você é profissional ou simplesmente um apreciador, vale conferir!

D A T A
26, 27 e 28 de Abril de 2011

H O R Á R I O S
26 de Abril
Profissional  → 13h00 – 21h00

27 de Abril
Profissional  → 13h00 – 21h00
Consumidor  → 18h00 – 21h00

28 de Abril
Profissional  → 13h00 – 20h00
Consumidor  → 18h00 – 20h00

L O C A L
Expo Center Norte – Pavilhão Vermelho | São Paulo – SP – Brasil

P Ú B L I C O A L V O

  • Empresários e representantes do trade;
  • Proprietários de restaurantes, de bares, de adegas, profissionais do setor como wine experts e sommeliers;
  • Estudantes de Hotelaria, Turismo, Gastronomia, Enologia;
  • Consumidores acima de 21 anos.

P R E Ç O S
Entrada sem Taça*: R$ 40,00
Entrada com Taça*: R$ 50,00
Entrada Estudante sem Taça*: R$ 20,00
Taça* Avulso: R$ 30,00

* Taças ISO para degustação de vinho da marca SPIEGELAU

Saiba mais: www.expovinis.com.br

Hoje tive o privilégio de participar de um evento bastante exclusivo promovido pela Associação Brasileira de Sommeliers em São Paulo, com apoio da importadora Viníssimo. A proposta era simples, porém, bem diferente. Uma palestra sobre a arquitetura de grandes vinícolas espanholas acompanhada de degustação de alguns de seus rótulos que chegam em primeira mão ao Brasil. A palestra foi ministrada por Jesús Marino Pascual, arquiteto responsável pelas magníficas obras construídas na rota dos vinhos espanhola.  

dinastía vivanco rioja

Bodega Dinastía Vivanco

 Quem já viajou pelo mundo vinícola e pode conhecer produtores do novo e velho mundo tem uma imagem bastante distinta do que é o novo e o velho mundo. Pensamos em novo mundo e vemos construções modernas com seus tanques de inox, processos automatizados e jovens enólogos estudados aplicando seus experimentos para fazer um bom vinho. Quando pensamos em velho mundo, vemos construções antigas, mas muito bem conservadas, como os velhos Chateaux franceses ou as Maisons de Champagne, com tanques de madeira, seleção manual das uvas e uma produção muito cuidadosa, transmitida de geração em geração por pessoas que cresceram em meio às videiras. Claro que estou generalizando, mas quando colocamos num embate é mais ou menos isso que pensamos. Mas o interessante é perceber que, cada vez mais, temos visto o velho mundo tirar o melhor proveito do melhor que tem a oferecer de sua tradição secular agregando arquiteturas grandiosas, como são seus vinhos. E isso é um grande atrativo especialmente para quem tanto ama o enoturismo.

bodega Darien Rioja

Bodega Darien

 Foram quatro vinícolas apresentadas. A bodega Dinastía Vivanco, fundada pela família Vivanco em 1915 e reconstruída com nova arquitetura na última década. A bodega, além de vinícola, é também um museu da cultura do vinho. Vimos a bodega Darien, que ganhou o prêmio “Best of Wine Tourism 2009”, arquiteturas e jardins. A vinícola possui em um de seus ambientes um museu de cerâmica que expõe diversas ânforas que eram usadas há séculos atrás para o armazenamento de vinho.  Vimos também a Bodega Irius, em Somontano, que nasceu de um sonho de uma família Riojana que saiu mundo a fora para desenhar o projeto da vinícola e torná-la uma realidade em 2000. Outra vinícola que pudemos conhecemos foi a Bodega Antión, que possui em sua sede um hotel com 12 suítes e uma sala para conferência.

bodega Irius Rioja

Bodega Irius

 Dados apresentados por Jesús Marino nos mostram que após a construção das novas sedes, o número de visitas às bodegas triplicou e a exposição das bodegas mundo à fora aumentou significativamente. É claro que tudo isso tem um custo bastante alto, com investimentos de 20 a 40 milhões de euros, mas há o apoio do governo espanhol e investidores de indústrias poderosas no país que objetivam um renascimento da imagem da indústria vinícola espanhola no mundo e, é claro, todos os louros que vem junto a isso.

Tivemos a oportunidade de experimentar vinhos de dois dos produtores. A surpresa foi muito boa:

bodega antión

Bodega Antión

Barón de Oja Crianza DOC 2006 – Antión

100% Tempranillo

Rioja, Espanha – 13,5%

Preço: R$98,74

Notas: Aromas de doce de abóbora e chocolate. Em boca, leveza e elegância. Muito agradável.

Antión Selección DOC 2005 – Antión

Rioja, Espanha – 13,5%

100% Tempranillo

Preço: R$190,00

Notas: Aromas de frutas negras, chocolate e cedro. Em boca, corpo médio, boa acidez, boa intensidade de frutas e longa persistência. Muito bom.

Absum Varietales 2008 – Irius

Somontano, Espanha – 13,5%

50% Tempranillo, 35% Merlot, 10% Cabernet Sauvignon e 5% Syrah

Preço: R$107,70

Notas: Aromas de frutas negras maduras, coco e toques florais. Em boca, frutas maduras, bom corpo e persistência. Muito bom.

Irius Selección 2004 – Irius

Somontano, Espanha – 13,5%

Tempranillo, Merlot e Cabernet Sauvignon

Preço: R$308,55

Notas: Aromas de doce de abóbora e fundo terroso. Em boca, ótimo corpo, riqueza de frutas e retrogosto tostado. Excelente!

Se você planeja conhecer vinícolas Espanholas, deixo aqui a dica. Mas se pretende simplesmente conhecer seus vinhos, em breve os rótulos mencionados estarão disponíveis na Viníssimo.

Saiba mais:

www.dinastiavivanco.com

www.darien.es

www.bodegairius.com

www.bodegantion.com

www.vinissimo.com.br

O ano de 2010 foi marcado por grandes celebrações da indústria vinícola nacional. Celebramos o crescimento de 11,95% nas exportações e 7,17% de crescimento em vendas no mercado interno. Celebramos o recebimento de alguns prêmios importantes, com destaque para nosso Merlot na Inglaterra e nosso espumante na França. Celebramos a presença dos nossos vinhos em alguns eventos de destaque, como a Fórmula 1 e a posse de nossa presidente. Mas em meio a tantas celebrações, uma delas merece atenção especial: celebramos os 100 anos da primeira vinícola nacional – a Salton.

sede vinícola Salton Tuiuty Devemos concordar que, completar 100 anos de existência é um feito digno de muito respeito. Especialmente quando falamos na indústria vinícola nacional que, muito focada em volume, sucos e vinhos de qualidade inferior, teve um salto significativo em sua qualidade e começou a despontar de poucos anos para cá. E a Salton, com seus 100 anos de vida, é um espelho de nossa história ao longo desses anos, caracterizada pela vinda dos primeiros italianos, trazidos ao sul do Brasil com promessas de fartura e riquezas. Chegaram a terras inabitadas onde iniciaram uma história com poucos recursos e com o que tinham de conhecimento de sua cultura, como a produção de sucos e vinhos.

pintura sede vinícola salton A Salton é hoje a vinícola nacional líder em vendas de vinhos espumantes. E desenvolve produtos para atender a diversos públicos e bolsos, que vão desde linhas mais básicas para o consumo do dia a dia até produtos premiuns para atender ao paladar de consumidores mais exigentes. E para celebrar os 100 anos de existência a Salton desenvolveu dois produtos especiais: um espumante e um corte bordalês da edição limitada Salton 100 anos. Foi com o objetivo de conhecer os dois produtos que agendei uma visita à sede em Tuiuty com o diretor técnico Lucindo Copat.

prensas pneumáticas vinícola Salton Não foi minha primeira visita a Salton, mas foi, certamente, a mais interessante. Com a vinícola a todo vapor com a produção 2011, Lucindo recepcionou-me e mostrou-se uma pessoa enérgica e bem humorada, que trata com carinho e atenção cada figura que transita naquele ambiente – do segurança, aos cantineiros, aos enólogos, às vendedoras – e acompanha de perto tudo o que ali acontece. Por sinal, a arquitetura da sede da vinícola foi desenhada mesmo com esse propósito. Passarelas nos permitem caminhar pelo alto da sede, acompanhando a chegada das uvas, passando pelo desengace, prensa, chegando aos tanques, engarrafamento, colocação em caixas e sair para a distribuição. Pensando no tamanho da Salton, é simplesmente fantástico!

esteiras engarrafamento, rotulagem e arolhamento Após um tour pela vinícola, sentamos para degustar os dois vinhos que foram cuidadosamente elaborados pelo enólogo Lucindo Copat. Um tinto e um espumante. O primeiro, Salton 100 anos tinto, segue a linha do Salton Talento, o vinho preminun mais famoso da empresa. É um assemblage com 50% de Cabernet Sauvignon, 40% de Merlot e 10% de Cabernet Franc que permaneceu 16 meses em carvalho novo francês antes de ir para a garrafa. Um tinto intenso, com aromas marcantes de café e tabaco, com notas de frutas negras maduras, corpo cheio e taninos bem arredondados. Já o Salton Espumante Nature 100 anos, elaborado pelo método tradicional, é composto por 70% de Pinot Noir e 30% de Chardonnay e permaneceu três anos em contato com as leveduras. Resultado: nariz de frutas secas e leveduras, perlage intenso e sabor rico. Foram produzidas apenas 13 mil garrafas de cada modalidade do Salton 100 anos, que pelo site da Salton está sendo vendido ao preço de R$ 100.

edição limitada 100 anos Salton O meu voto, particularmente, ficou com o espumante 100 anos. O que não é surpresa, já que os vinhos espumantes da Salton têm se mostrado cada vez mais a especialidade da casa, conforme os números de vendas e market share têm nos mostrado. Para quem ainda não conheceu, vale aproveitar a edição especial e celebrar esse marco importante. Deixo aqui meus parabéns à família Salton pelos 100 anos de história, de vinhos e de sucesso. E meu desejo de muita prosperidade nos anos que virão.

Saiba mais: www.salton.com.br

Fonte: www.ibravin.org.br e www.uvibra.com.br