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Croácia – Capítulo III

Saindo do “paraíso do Adriático”, segui em direção à Península de Peljesac considerada o “império dos vinhos”. O Conselho de Turismo demarcou bem as rotas do vinho nessa península, por isso é muito fácil visitar os produtores e sua adegas. Excelentes exemplares de vinhos elaborados com a cepa nativa Plavac Mali provêm das Denominações Dingac e Postup, na Península. Um vinho Dingac é classificado como o de mais alto padrão pelas leis vitivinícolas croatas (1965) – “Vrhunsko Vino” (Premium Quality Wine). Somente cerca de 5% dos vinhos do país recebem essa designação. Uma porcentagem um pouco maior é classificada como “Kvalitetno Vino” (Quality Wine) e o restante é rotulado como “Stolno Vino” (Table Wine).

dingac-postup-croácia

A área de Postup foi a segunda região vinícola, depois de Dingac, a ser protegida pelo Estado (1967). Pequenas diferenças distinguem os vinhos Postup dos vinhos Dingac. Embora os Postup não se aproximem do caráter robusto típico dos Dingac, eles estão perfeitamente aptos a desenvolver grande estrutura e complexidade.

Esse é um destino imperdível para os amantes do vinho, pois há mais de 40 vinícolas instaladas nessa Península, dentre as quais eu destacaria a Grgic Vina, a Matusko Vina e a Korta Katarina.

A vinícola Grgic está localizada na vila de Trstenik, e foi fundada por Miljenko Grgic, um viticultor croata muito conhecido no mundo do vinho. Seu rico passado conectado à produção de vinhos, a experiência adquirida trabalhando durante muitos anos no Vale do Napa, na Califórnia, somados aos prêmios e condecorações que ele conquistou, são a base da produção dos vinhos que ele caprichosamente elabora a partir das variedades locais Posip e Plavac Mali.

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Outra vinícola bem conhecida é a Matusko cuja família vem mantendo a tradição por décadas, cultivando uvas e produzindo vinhos. Sua antiga adega, que começou com uma pequena sala de degustação, tornou-se nos últimos anos um dos mais conhecidos destinos croatas de turistas enófilos. Localizada na vila de Potomje, a vinícola Matusko produz vinhos de qualidade, incluindo tintos, brancos, um rosé e um espumante, sem falar no seu ótimo azeite. Durante minha visita nessa vinícola, fui muito bem atendida por Neda Bakalic que me serviu quatro rótulos, acompanhados de fatias de pão e azeite. Meu destaque é para o “Reserva Dingac Barrique 2008”, que exala aromas doces e em boca traz marcantes notas de passas ao rum, apresenta taninos elegantes e um delicioso e longo final. Macio, encorpado e bem equilibrado, mal se percebem os seus 15,2% de teor alcoólico.

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A vinícola Korta Katarina é outra parada obrigatória para os enófilos que passeiam pela Península. Local de fácil acesso, bem à beira da estrada, a KK oferece uma bela sala de degustação, com funcionários educados e muito bem treinados como o Ivo Cibilic que me atendeu, além, é claro, da loja para a venda direta dos vinhos KK. A vinícola, que fica próxima à cidade de Orebic, foi fundada em 2005 por Lee e Pam Anderson, americanos que se apaixonaram pelas belezas do litoral croata e encontraram um lugar ideal para construir a vinícola e um hotel. Valendo-se da mais moderna tecnologia, produzem excelentes vinhos elaborados com as cepas nativas Plavac Mali e Posip, todos classificados como “Vrhunsko Vino”.

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Em minha visita à KK, após a degustação, Ivo me apresentou uma embalagem com três safras diferentes do “KK Plavac Mali” que não hesitei em comprar e incluir na minha bagagem. A ideia era fazer uma degustação vertical com amigos aqui no Brasil, num inesquecível encontro de prazer e alegria que o vinho é capaz de proporcionar. Os vinhos de safras 2007, 2008 e 2010 apresentaram-se bem distintos, dentre os quais se destacou o “KK Plavac Mali 2007”, vinho de coloração granada, com nítido halo de evolução e discreto sedimento ao final; em boca, notaram-se frutas vermelhas em compota, um toque herbáceo, especiarias, taninos finos e final persistente. O “KK Plavac Mali” possui ótimo potencial de envelhecimento. Maravilhoso!

Embora não tenha alcançado ainda renome mundial, a produção vinícola da Croácia tem aumentado bastante e já apresenta muitos exemplares que se destacam e impressionam. Hoje, a Croácia é exemplo de luta, trabalho e superação, demonstrando o quão forte é sua identidade em tudo que faz.

Maria Uzêda

Contatos:

http://www.kortakatarinawinery.com / visit@kortakatarina.com

http://www.matusko-vina.hr / matusko@net.hr

http://www.grgic-vina.com / info@grgic-vina.com

http://www.zlatanotok.hr / zlatanotok@zlatanotok.hr

http://www.bastiana.hr / bastiana@gmail.hr

http://www.decanter.com.br (alguns rótulos da vinícola Korta Katarina podem ser encontrados na Importadora Decanter)

wineries-croatia-vinhos-croácia A Croácia possui uma longa tradição vitivinícola que vem desde os tempos dos colonizadores gregos. Apesar de ter passado por períodos de estagnação, devido aos sucessivos conflitos políticos, a vitivinicultura croata está vivendo um importante e significativo renascimento, mesmo tendo ainda que lidar com as sequelas da guerra. Iniciativas como da Organização “Roots of Peace”, que atua na remoção de minas terrestres, vêm estimulando o replantio e consequente aumento dos vinhedos.

São duas as principais regiões vinícolas da Croácia: a Primorska, na costa, e a Kontinentalna, no interior. A Primorska inclui a sub-região da Istria e toda a costa adriática até a Dalmácia, inclusive as inúmeras ilhas. A Kontinentalna vai do noroeste ao sudeste croata.

No interior, na região de Kontinentalna que conta com sete sub-regiões, são produzidos principalmente vinhos brancos com a Grasevina (cepa nativa dominante), a Riesling do Reno e a Traminac; os tintos, de menor produção nessa área, são elaborados com Syrah, Pinot Noir e Zweigelt (casta tinta da Áustria).

Já na região de Primorska, a maior parte da produção vinícola é de vinhos tintos. Na sub-região da Istria, por exemplo, as cepas mais usadas são a Cabernet Sauvignon, a Merlot, a Malvasia Nera e a Teran, conhecida como Refosco na vizinha Itália; enquanto na sub-região da Dalmácia, a principal cepa tinta nativa é a Plavac Mali (prima da Zinfandel),que gera vinhos robustos e encorpados. Algumas cepas brancas também são cultivadas na região de Primorska, sobretudo a Malvasia Istriana, e variedades nativas como a Posip, a Bogdanusa e a Marastina.

Durante a minha viagem, percorrendo todo o litoral Adriático de carro, chamaram-me a atenção a ilha de Hvar com seus campos de lavanda, olivais e vinhedos, e a Península de Peljesac que exibe a riqueza da região, oferecendo mais de 40 vinícolas, um importante centro de criação de ostras e famosas salinas.

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Na ilha de Hvar, considerada o paraíso do Adriático, fiquei hospedada no Hotel Spa Amphora que organiza grupos para visitação à Vinícola Tomic e que pode ser visitada mesmo sem agendamento. Fundada em 1997, essa vinícola está localizada na vila de Jelsa. O enólogo responsável, Andro Tomic, nascido nessa ilha, tem dedicado sua vida ao vinho e à enologia, e se empenha em reavivar a herança da viticultura de Hvar.

Em visita à Vinícola Tomic, pude degustar três de seus tintos, num espaço especialmente construído segundo a arquitetura das antigas salas de jantar Romanas, escavado em rocha, com teto abobadado e colunas de mármore Travertino. Esse belo  salão é utilizado nas festas da família e nas degustações diárias dos visitantes. Degustei o “Veliki Plavac Mali”, bem envelhecido, mostrando nítidos sinais de evolução; o “Plavac Mali 2013”, um tinto jovem, com notas terrosas, típicas da casta, ameixas e frutos negros e toque final de café e especiarias devido à curta passagem por carvalho; e o “Plavac Mali Barrique”, um produto orgânico resultado de trabalho manual em condições naturais, envelhecido em barricas de carvalho francês, esloveno e americano, por período entre 8 a 12 meses. Esse vinho elegante preserva os clássicos aromas da Plavac Mali, assim como o estilo do Velho Continente, focando na estrutura, na complexidade e na persistência. A vinícola Tomic produz tintos e brancos, valorizando sempre as uvas autóctones, e dando grande destaque ao seu “Prosek” que é um autêntico vinho croata de sobremesa, rico e doce, feito com uvas desidratadas.

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Outra Vinícola importante e muito conhecida na ilha de Hvar é a Zlatan Otok. Fundada em 1986, essa vinícola está localizada na Vila de Sveta Nedjelja e possui vinhedos nas encostas sul da ilha, ocupando terrenos bastante íngremes que se debruçam sobre o Adriático. O proprietário Zlatan Plenkovic é tido na ilha como o “Rei da Plavac Mali” e foi eleito por mais de uma vez o melhor produtor de vinhos da Croácia, mantendo-se então dentre os melhores do ranking, com centenas de prêmios, medalhas e reconhecimento de títulos croatas e internacionais. Seus tintos são enormemente concentrados e poderosos, sobretudo o Zlatan Plavac Grand Cru. Destaque também para o complexo Zlatan Plavac Barrique que apresenta aromas com notas animais (couro), ameixas secas, amoras e um ataque de chocolate. Um Prosek também entra na sua lista de produção e é bastante elogiado.

Percorrer a Ilha de Hvar foi, sem dúvida uma das experiências mais adoráveis e enriquecedoras da minha viagem à Croácia e é, com certeza, um destino turístico inesquecível.

Seguindo pelo litoral sul do país, em direção a Dubrovnik, a Península de Peljesac é rota imperdível para os enófilos de carteirinha. Acompanhem na próxima publicação onde falaremos sobre as Denominações Dingac e Postup e alguns destaques dentre as mais de 40 vinícolas da Península.

Maria Uzêda.

Em recente viagem à Croácia, tive a grata oportunidade de percorrer algumas regiões do país, conhecer um pouco da sua história, me encantar com as paisagens naturais, admirar as cidades antigas com sua arquitetura bem preservada e, é claro, saber mais sobre a produção vinícola.

A Croácia é um país de tumultuada trajetória histórica. Por várias vezes, os croatas tiveram que lutar por fronteiras e expulsar invasores pois, em muitas ocasiões, estiveram subjugados a outros povos como venezianos, turcos, húngaros, franceses e alemães. Após a Segunda Guerra Mundial, com a criação da Iugoslávia, que unia seis Repúblicas (Sérvia, Bósnia-Herzegovina, Eslovênia, Macedônia, Montenegro e Croácia), veio uma calmaria aparente entre as nações eslavas que não durou muito. Com a morte do líder iugoslavo Tito em 1980, a Iugoslávia começou a se desintegrar e entrou em decadência, dando origem às manifestações nacionalistas e à eclosão de uma sangrenta guerra civil.

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Em 1991, a Croácia proclamou sua independência, embora somente em 1995, com o acordo de Dayton, o país tenha restabelecido suas fronteiras e começado a vislumbrar a paz. Após longa fase de reconstrução, o país vem mostrando ao mundo seus tesouros culturais, seus incríveis parques nacionais, belas cidades que são verdadeiras relíquias históricas, declaradas como Patrimônio Mundial da Humanidade, uma mistura rara de glamour dos tempos antigos com a autenticidade croata. O cenário atual de paz é um fato bem recente naquelas bandas conflituosas dos Bálkans.

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Quem visita a Croácia, percebe logo que é um país hospitaleiro, está bem preparado para o turismo, oferecendo boas estradas, praias paradisíacas, ótima rede hoteleira, diversas atividades culturais, rurais e enogastronômicas. E seus vinhos, bem… esse é o capítulo que mais nos interessa, pois vai explanar termos como “Plavac Mali”, “Posip”, “Dingac”, “Postup”, etc. Vale a pena acompanhar e saber a respeito do curioso mundo dos vinhos produzidos naquele país tão distante e desconhecido da maioria dos amantes do vinho. Portanto, fiquem atentos às nossas próximas publicações.

Saudações!

Maria Uzêda.

World Wine Experience: Vinhos do Novo Mundo

No dia 22 de setembro, em São Paulo, e 24 no Rio de Janeiro, acontecerá mais uma edição da World Wine Experience que terá como tema vinhos do Novo Mundo.

DEGUSTAÇÃO DE VINHOS

Nesta edição, serão apresentados 23 produtores de países como Argentina, Chile, Uruguai, África do Sul, Austrália, Marrocos, Estados Unidos e Nova Zelândia. O encontro permitirá aos amantes do vinho conhecer um pouco da história das vinícolas e as novidades, em contato direto com os produtores. Tudo isso da maneira mais divertida: degustando!

As marcas presentes serão: Vik, Alto Las Hormigas, Andeluna, Finca Sophenia, Atamisque, Vallisto, Aniello, Odjfell, Bisquertt, Viña Tabali, Viña Laroche, Clos des Fous, Garzón, L’Avenir, Angove, Tandem, Beringer, Schubert Wines, Château St. Jean, Domaine Serene, Etude, Stags´Leap Winery e Tablas Creek.

Uma das novidades será o grupo Vik Retreats, referência em hotelaria de luxo na América do Sul, que trará ao World Wine Experince o vinho VIK, um blend de cinco cepas produzido em sua vinícola de vanguarda, a Viña Vik, propriedad e de 4300 hectares no vale de Millahue, a duas horas ao sul de Santiago, Chile. “Sem dúvida, esse rótulo é um dos grandes destaques do evento”, afirma Celso La Pastina, sócio proprietário da World Wine.

Além dos vinhos, haverá uma degustação de azeites da Bodega Garzón. Os Azeites de Oliva Extra Virgem “Colinas de Garzón” – Bivarietal NV; Azeite de Oliva Extra Virgem “Colinas de Garzón” – TrivarietaL NV; e Azeite de Oliva Extra Virgem “Colinas de Garzón” – Corte Italiano NV, estarão disponíveis para serem provados em mini taças ou com pães.

Nos eventos, haverá também um buffet com pães, queijos, frios e uma seleção de produtos La Pastina.

World Wine Experience – Novo Mundo

SÃO PAULO

Dia 22 de setembro

Horário: das 16h00 às 22h00

Local: Rubaiyat Faria Lima

Endereço: Av. Brigadeiro Faria Lima, 2954 – Jardim Paulistano

RIO DE JANEIRO

Dia 24 de setembro

Horário: das 16h00 às 22h00

Local: Rubaiyat Rio de Janeiro

Endereço: Rua Jardim Botânico, 971 – Jardim Botânico

Ingressos através do televendas (11) 4003-9463 ou em qualquer loja World Wine, por R$ 120,00 por pessoa ou R$100,00 aos associados da Associação Brasileira de Sommeliers (ABS)

Desconto na compra de vinhos participantes da feira.

Na semana passada, o evento promovido pela associação “Wines of Uruguay” trouxe à cidade de São Paulo o “Tannat Tasting Tour” que aconteceu no Hotel Intercontinental SP, com a assessoria e divulgação da CH2A Comunicação. Quem compareceu ao encontro teve a oportunidade ímpar de degustar vinhos de alta qualidade que os produtores uruguaios vêm apresentando.

GARZÓN-URUGUAI-TANNAT

A Tannat é uma uva originária do Sul da França que encontrou seu reinado nas terras do Uruguai, onde faz o maior sucesso. No sul do Brasil, ela também vem se expressando muito bem. Vinícolas como, por exemplo, a “Guatambu”, localizada na Campanha Gaúcha, vêm se destacando com vinhos de ótima qualidade elaborados com essa cepa. A Tannat dá vinhos bastante tânicos, ácidos e rústicos, mas, se bem trabalhada desde a videira até a vinificação, observando uma adequada passagem por madeira, pode gerar vinhos de grande estrutura, elegantes e longevos.

Da Província de Salto, ao Norte, à região de Canelones, ao Sul, próxima à capital Montevidéu, vinícolas como H. Stagnari, Garzón, Pizzorno, Carrau, Pisano, Varela Zarranz, Família Toscanini, Rodriguez Bidegain, De Lucca, cada qual representando uma diferente área de plantio, marcaram presença no evento, exibindo orgulhosos seus excelentes vinhos.

VARELA-ZARRANZ-URUGUAI-TANNAT

Destaco a seguir, alguns rótulos que me impressionaram bastante:

1- Garzón Tannat Reserva 2012 (com acidez, taninos e álcool tão bem integrados que mal se percebia seu teor alcoólico de 16,5%!)

2- Pizzorno “Primo” 2008 (com 94 pontos no “Descorchados”)

3- Pisano “Arret Xea” Gran Reserva 2009

4- Héctor Stagnari “Viejo” 2013 (coleciona 35 medalhas de ouro em concursos internacionais)

5- Varela Zarranz “Fusion Roble” 2013 (com 92 pontos no “Descorchados”)

Vale aqui comentar que a vinícola Rodriguez Bidegain apresentou um interessante Aperitivo de Tannat, uma espécie de licor servido graciosamente com lascas de laranja, refrescante e divertido.

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Esse importante evento de vinhos nos fez testemunhar o excelente desempenho das Bodegas do Uruguai na produção de vinhos de qualidade. Isso é o que lhes garante um lugar de distinção no mundo do vinho e a consagração internacional da marca país Uruguai. Parabéns aos “hermanos” vizinhos!

Maria Uzêda

A SBAV (Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho) promoveu recentemente uma noite de degustação para apresentar a Importadora Esclusivo Wine Company que veio trazendo alguns de seus interessantes vinhos, para essa ocasião.

Estiveram presentes o Presidente da SBAV-SP, Sr. Gilberto Medeiros, associados amigos do vinho, imprensa e os sócios da Importadora, Juliano Buzzini Pulicci e Stefan Nagy, que fizeram a apresentação de cinco vinhos italianos, falando de seus respectivos produtores, suas famílias e seus castelos, assim como do processo de vinificação de cada um.

Inaugurada há cerca de um ano, a Esclusivo (nome italiano, que se escreve com “s”) nasceu da união de dois amigos, Juliano e Stefan, que se propõem a oferecer a seus clientes produtos cuidadosamente selecionados, respeitando acima de tudo a qualidade.

Em seu portfólio, há ótimos vinhos como os chilenos da Vina Milla, os argentinos da Spielman Estates, por exemplo, mas o destaque é para os italianos, cuja seleção mostra bem a diversidade de uvas e estilos que refletem a grande riqueza e o legado da vitivinicultura da Itália. Foram degustados, naquela noite, vinhos italianos de diferentes regiões, numa verdadeira viagem pelo país: Vêneto, Umbria, Piemonte e Toscana. A sequência dos vinhos foi a seguinte:

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1- “Prosecco Superiore Brut DOCG Conegliano-Valdobbiadene”

Vinícola Collalto – Vêneto

Vinícola da família nobre dos Condes de Collalto, elabora esse Prosecco com 100% de uva Glera colhidas na propriedade; possui aromas de maçã e notas florais, com bom perlage, ótima acidez; é seco, fresco e equilibrado.

2- “Il Moggio 2013 IGT”

Vinícola Goretti – Umbria

Essa vinícola histórica vem produzindo vinhos há quatro gerações. Elabora esse branco com 100% de uva Grecetto, passando 4 meses em barril de carvalho e 8 meses de afinamento em garrafa; mostra aromas de pêra e avelã, e, depois de agitar, aparecem aromas florais e de frutas cítricas; em boca um toque adocicado de pêssego, elegância e equilíbrio entre acidez e álcool (13,5%).

3- “Dolcetto D’Alba 2013 DOC”

Vinícola Cossetti – Piemonte

Vinícola histórica localizada em região próxima à Asti, produz com a uva Dolcetto esse tinto de aromas intensos de frutas vermelhas, cerejas e notas florais; em boca, delicados toques de caramelo e amêndoas, com taninos e acidez leves.

4- “Chianti Clássico Capotondo 2010 DOCG”

Vinícola Paladin-Vescine – Radda in Chianti – Toscana

Vinícola fundada em 1963, hoje conta com três vinícolas em diferentes regiões da Itália. Em Radda in Chianti, próximo à Siena, produz esse Chianti DOCG que apresenta aromas de frutas vermelhas como cerejas e framboesas, com especiarias e balsâmico ao fundo; em boca confirma as frutas vermelhas com um toque de cravo, taninos macios e média persistência.

5- “Amarone della Valpolicella Clássico Podere Cariano 2009 DOCG”

Vinícola Le Bertarole – Vêneto

Essa pequena vinícola fundada em 1923, próxima à Verona, usa somente uvas autóctones e tem seus vinhedos cultivados biológicamente. O Amarone Podere Cariano é elaborado com as uvas Corvina 30%, Corvinone 40%, Rondinella 20%, Dindarella 5% e Croatina 5%. Possui agradáveis aromas terrosos, florais e de cerejas; em boca mostra ameixas, cerejas pretas, páprica doce e bom corpo. Um vinho elegante e bastante equilibrado.

Essa foi uma pequena amostra do que a Importadora Esclusivo reserva para nós, consumidores. Diante de um mercado cada vez mais competitivo, a Importadora Esclusivo encara o desafio, oferecendo produtos diferenciados, de alta qualidade, com bom custo benefício. Cabe a nós, apreciadores apaixonados por vinhos, tirar vantagem dessa atraente oportunidade e aproveitar para abastecer nossas adegas.

Endereço da Importadora Esclusivo Wine Company no Brasil:

Rua Rio Grande, 504, Vila Mariana, 04018-001, São Paulo, SP.

Telefones: 11 2361-6793 / 2361-6796 e 99449-3419

Contato@esclusivo.com.br

http://www.e-sclusivo.com.br

Maria Uzêda

A semana passada foi marcada por um charmoso evento promovido pela Qualimpor, que além dos respeitáveis vinhos e azeites por ela importados, ofereceu também comidinhas e drinks. Foi uma ótima oportunidade para os enófilos e profissionais do ramo conferirem a qualidade de seus produtos.

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Quatro vinícolas portuguesas e uma espanhola estiveram presentes, abrilhantando o evento com excelentes vinhos e azeites: Herdade do Esporão, Quinta dos Murças, Quinta do Crasto, Freixenet e Taylor’s.

Dentre os vinhos degustados, tiveram destaque:

1- “Quinta dos Murças Reserva DOC 2009”, um tinto elaborado a partir de cinco castas colhidas de vinhas velhas de 40 anos, bem equilibrado, frutado, bom corpo, notas tostadas e final fresco e persistente. O enólogo responsável, David Baverstock, esteve presente.

2- “Herdade do Esporão Alicante Bouschet” (AB), um varietal tinto surpreendente, com ótimo corpo, muita fruta, um toque mineral, um fundo de pimenta e final longo e persistente.

3- “Xisto Roquette & Cazes Douro” e “Roquette & Cazes” chamaram a atenção por seus marcantes sabores de fruto negros, o toque de especiarias, os taninos sedosos e presentes, com final longo e persistente. Eles fazem parte de um projeto de criação de grandes vinhos, resultante da união de duas famílias, os Roquettes da Quinta do Crasto e os Cazes do Château Linch-Bages, que se lançaram numa aventura vitivinícola para produzir vinhos com as castas do Douro que tivessem “o poder e o Sol de Portugal conjugados com a elegância de Bordeaux”. Assim nasceram esses belos exemplares da Quinta do Crasto.

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4- “Crasto Superior 2013”, é produzido a partir da Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Souzão e uma porcentagem de vinhas velhas, composição que, segundo Tomás Roquette (presente no evento e membro da família proprietária da Quinta), resulta num “vinho de caráter muito especial”, apresentando notas de frutos silvestres, um toque de cravo, boa estrutura, taninos macios e final persistente.

5- A “Cava Freixenet Elyssia Pinot Noir” e a “Elyssia Grand Cuvée”, a “Cava Freixenet Reserva Real” e a “Vintage Brut” se destacaram em meio a uma nobre seleção de dez Cavas apresentadas pela vinícola Freixenet no evento. Situada em Sant Sadurní d’Anoia, na região espanhola de Penedés, a Freixenet é respeitada mundialmente por elaborar suas cavas através do método tradicional.

6- O “Vintage Port” e o “Porto 40 anos” brilharam no stand da Taylor’s com suas texturas ricas, estruturas sólidas e intensas, e um longo final… verdadeiras essências dos Deuses.

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Visitar a CASA ITAIM nesse dia especial de evento a convite da Qualimpor foi uma agradável e deliciosa maneira de encerrar aquele dia frio e chuvoso de São Paulo.

Saúde a todos!

Maria Uzêda

Para iniciar esta matéria, é interessante falar um pouco sobre a Ordem de Malta. Fundada em Jerusalém no século XI, a Ordem de Malta visava a assistir e proteger os peregrinos àquela terra santa. Hoje em dia a Ordem de Malta, assim como o Vaticano, é um Estado Soberano, mantém relações diplomáticas com dezenas de países, inclusive o Brasil, possui representação na OMS (Organização Mundial da Saúde) e status permanente de observador na Assembleia Geral das Nações Unidas. A Ordem opera em mais de cem países, em cinco continentes, mobilizando centenas de voluntários envolvidos nos seus diversos programas assistenciais. Atualmente, a bandeira da Ordem, com sua Cruz de Malta branca de oito pontas sobre fundo vermelho, tremula nos mastros de hospitais, clínicas e centros educacionais que prestam assistência a populações carentes, doentes e desamparadas.

La Rocca Bernarda: propriedade agrícola da Ordem de Malta.

La Rocca Bernarda: propriedade agrícola da Ordem de Malta.

Na Itália, a Ordem de Malta está sediada em Roma e possui 14 propriedades agrícolas localizadas em diversas regiões italianas (da Sicília à Friuli Venezia Giulia). Essas fazendas operam sob a administração da S.Agri.V.It.srl (Sociedade Agrícola Vitivinícola Italiana) e quatro delas são vinícolas, todas envolvidas na missão institucional da caridade e da solidariedade. São elas: “Rocca Bernarda”, na área de DOC Colli Orientali del Friuli; o “Castello di Magione”, na área de DOC Colli di Trasimeno; a “Meniconi Bracceschi Commenda”, na área de DOC de Torgiano; e a vinícola “Beato Gerardo”, na área de DOCG Asolo, em Treviso, que produz o Villa Giustiniani Prosecco Extra Dry DOCG.

Foi com grande prazer e surpresa que, em recente viagem, atravessando a região de Friuli Venezia Giulia, a NE da Itália, pude visitar uma dessas propriedades: Rocca Bernarda. Pertencente à Ordem de Malta desde 1977, essa vinícola cultiva onze variedades de uvas, produzindo ótimos tintos, aromáticos brancos e um excelente vinho doce.

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Um dos grandes destaques da vinícola Rocca Bernarda é o seu tinto “Novecentos”, cuja safra 2008 foi lançada no mercado em 2013 para celebrar o noningentésimo aniversário da Bula Papal concedida à Ordem de Malta pelo Papa Pasquale II, em 15 de fevereiro de 1113, reconhecendo a Ordem e colocando-a sob a proteção da Santa Sé. Produzido a partir da variedade tinta “Pignolo”, o “Novecentos” é um vinho com edição anual limitada e numerada, possui grande estrutura, elegância e harmonia.

Especial atenção é dada à variedade branca denominada “Picolit”. Tida como “a pérola da enologia Friulana”, a “Picolit” teve a sua devida importância restaurada no cenário da viticultura da região, graças aos diversos estudos e replantios efetuados na propriedade vinícola de Rocca Bernarda. O vinho “Rocca Bernarda Picolit Colli Orientali del Friuli DOCG” é doce, de colheita tardia, elaborado em estilo passito. Fresco e rico, com aromas de frutas secas e concentração untuosa em boca, pode-se imaginar os motivos de sua reputação como um dos mais famosos vinhos brancos doces da Itália.

Como bem sabemos, uma viagem pode descortinar fascinantes histórias ligadas ao mundo vinho. Conhecer a história da Ordem de Malta e os vinhos italianos relacionados a ela foi sem dúvida uma experiência curiosa e enriquecedora.

Contatos:
http://www.roccabernarda.com
Info@roccabernarda.com

Maria Uzêda

Aconteceu em São Paulo, na semana passada, a maior feira internacional de vinhos da América Latina, o EXPOVINIS. O evento anual, que está em sua 19a. edição, é uma grande oportunidade para excelentes negócios, movimenta o mercado e traz as últimas novidades do mundo do vinho.

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Várias atividades paralelas foram realizadas durante o evento deste ano. O projeto Dr. Wine, por exemplo, atendeu a profissionais iniciantes ou que não têm consultoria de especialistas para montar uma carta de vinhos, dando dicas e sugestões valiosas. As Degustações “Premium”, com provas temáticas, foram conduzidas por grandes especialistas do setor.

Várias palestras gratuitas foram oferecidas ao público consumidor ou visitante iniciante na área de vinho. A Associação Portuguesa de Cortiça, por exemplo, promoveu a palestra “Vinho e Cortiça”, ministrada por Carlos Cabral.

A presença do Master of Wine, Dirceu Vianna Jr., único brasileiro a ostentar esse título, abrilhantou o evento, comandando a palestra “Ferramentas de Vendas Usadas em Países Europeus – Como Vender Vinhos em um Mercado Competitivo”, dirigida a profissionais do ramo.

Um grupo de doze conceituados profissionais do vinho se reuniu, nos dias que antecederam à feira, para uma mega degustação que elegeu os 10 vinhos de destaque do Expovinis 2015, neste que é o mais aguardado concurso de vinhos do Brasil. Selecionados em dez categorias, os rótulos eleitos foram:

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1- Vinho Espumante Nacional: “Aracuri Brut”, Chardonnay 2013.
2- Vinho Espumante Internacional: “Georges de la Chapelle Nostalgie”.
3- Vinho Branco Nacional: “Pericó Vigneto” Sauvignon Blanc 2014
4- Vinho Branco Internacional: “Casas del Toqui Terroir Selection” Sauvignon Blanc Gran Reserva 2014, D.O. Colchagua Valley, Chile.
5- Vinho Rosado: “Côtes de Provence Saint Sidoine” Rosé 2014, França.
6- Vinho Tinto Nacional: “Valmarino” Cabernet Franc Ano XVIII 2012.
7- Vinho Tinto Novo Mundo: “Renacer” Malbec 2011, Argentina.
8- Vinho Tinto Velho Mundo (Península Ibérica): “Pêra-Grave” Reserva 2011, Vinho Regional Alentejano, Portugal.
9- Vinho Tinto Velho Mundo (Itália, França e outros):”A Sirio” Sangervasio, IGT 2007, Toscana, Itália.

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10- Vinho Fortificado: “Alambre Moscatel de Setúbal” 20 anos, José Maria da Fonseca, Portugal.

A participação cada vez mais expressiva dos produtores nacionais foi uma agradável constatação neste ano. O número significativo das Vinícolas do Brasil mostram que muito trabalho vem sendo feito no setor vitivinícola brasileiro e, o que é melhor, estão se saindo muito bem, com seriedade e muita criatividade. A vinícola catarinense Abreu Garcia, por exemplo, em parceria com a vinícola Cave Geisse (reconhecida nacional e internacionalmente pelo alto padrão de qualidade de seus espumantes), lançou na feira o “Geo”, elaborado com a uva branca italiana Vermentino, pelo método tradicional, um espumante de grande frescor, com boa espumação, finíssimo e intenso perlage e ótima acidez. A vinícola Guatambu, por sua vez, apresentou um tinto espetacular, o “Épico”, um corte de Tannat, Cabernet Sauvignon, Merlot e Tempranillo. A vinícola Aracuri, produtora do espumante nacional vencedor da feira, exibiu também um delicioso espumante Blanc de Noir, elaborado com a uva Pinot Noir pelo método tradicional, e o “Reduto”, um tinto estruturado e potente, elaborado com a uva Merlot em estilo Amarone.

ÉPICO-GUATAMBU-VINHO-NACIONAL-EXPOSVINIS

Das terras de Giuseppe Verdi, do famoso queijo Parmesão e do presunto de Parma, chegou ao Expovinis o “Lambrusco Ceci”, do produtor Otello Ceci. Apresentado em sua elegante linha “color”, esse Lambrusco possui teor alcoólico de 11%, diferentemente daqueles que conhecemos no Brasil com baixíssimo teor alcoólico. O “Otello on Ice” era uma novidade à parte, sugerido para ser tomado com gelo devido à sua forma de elaboração, com uvas bem maduras e mais encorpado.

Empresas de exportação e distribuidores internacionais apostaram no mercado brasileiro e chegaram trazendo suas novidades. Foi o caso da “Luxury Drinks”, empresa portuguesa que trouxe o vinho tinto “Pêra-Grave Reserva Tinto 2011”, um dos vencedores do concurso Top Ten do Expovinis 2015 e apresentou um respeitável catálogo de vinhos finos.

Esses foram alguns dos motivos que tornaram o Expovinis 2015 uma oportunidade ímpar de negócios e uma experiência enriquecedora para todos: enófilos, produtores, importadores e demais profissionais do setor vinícola.

Parabéns aos idealizadores, organizadores, promotores (BTS) e assessores de comunicação (CH2A Comunicação) que se empenharam para o sucesso da feira.

Maria Uzêda

O Encontro de Vinhos Off organizado por Daniel Perches acontecerá na próxima terça-feira, dia 21 de abril, na Casa da Fazenda. O evento trará cerca de 30 expositores e inúmeras atrações que, em comunhão com o mundo do vinho, fazem deste o mais generoso, vibrante e encantador evento de vinhos de São Paulo.

Nesta sexta edição do evento, uma nova formatação irá entreter o público enófilo que, além dos vinhos de excelente qualidade, poderá contar com a presença de Food Trucks, participar de cursos e palestras, comprar adegas, taças, azeites e outros produtos ligados ao mundo do vinho.

encontro-de-vinhos-off
É importante aqui ressaltar o número expressivo de vinícolas brasileiras presentes no evento. Eu sou suspeita para falar, mas como grande fã dos produtos nacionais, não posso deixar de enaltecer o trabalho que inúmeras vinícolas vêm desenvolvendo com seriedade e paixão. É o caso da renomada Casa Valduga, do produtor de espumantes artesanais  Adolfo Lona, do produtor Luiz Argenta que esmera por qualidade e sustentabilidade, da vinícola “Vinhetica” que traz vinhos feitos por um francês, aproveitando o melhor do terroir brasileiro, e outras que o visitante poderá conhecer neste especial Encontro de Vinhos Off.

Em degustação prévia, que reuniu vários profissionais do vinho no último dia 16, foram eleitos os TOP 5 do Encontro de Vinhos Off de 2015. São eles:

1- “Facile” 2012, vinícola Alma Única, Brasil.
2- “Raízes” corte 2010 (Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Tannat),        Casa Valduga, Brasil.
3- “Mairena” Malbec 2012, Argentina.
4- “Principal” Grande Reserva, 2008, Bairrada DOC Portugal.
5- “Spettacolo” Syrah 2012, vinícola Alma Única, Brasil.

Agora você já tem um ótimo programa para seu feriado de Tiradentes. Anota aí na sua agenda:

Data: 21 de abril
Horário: das 14h às 22h
Local: Casa da Fazenda
Endereço: Avenida Morumbi, 5594
Ingressos: R$ 80,00 inteira e R$ 40,00 meia (válido para estudantes e idosos, antecipado) ou através do site www.encontrodevinhos.com.br.

Maria Uzêda